Leilão de energia termina sem vitória da Eletrobras
São Paulo - O leilão de três novas usinas hidrelétricas nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) destoou das últimas licitações, com a Eletrobras e suas subsidiárias fora da lista de vitoriosos. O deságio médio sobre as tarifas máximas estipuladas pelo governo foi de 14,3 por cento, segundo informações da Câmara de Comercialização […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
São Paulo - O leilão de três novas usinas hidrelétricas nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) destoou das últimas licitações, com a Eletrobras e suas subsidiárias fora da lista de vitoriosos.
O deságio médio sobre as tarifas máximas estipuladas pelo governo foi de 14,3 por cento, segundo informações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pela realização do leilão.
A estatal paranaense Copel ficou com a usina hidrelétrica de Colíder, oferecendo um preço de 103,40 reais por megawatt-hora (MWh), contra valor máximo estipulado pelo governo de 116 reais. Vencia aquele que se dispusesse a cobrar menos pela energia.
Das novas usinas levadas a leilão, Colíder tem o maior investimento previsto: 1,2 bilhão de reais. Com capacidade instalada de 300 MW, a usina será construída no rio Teles Pires, em Nova Canaã do Norte, Colíder e Itaúba (MT).
A usina de Garibaldi, com potência instalada mínima de 177,9 MW e investimentos de 719,3 milhões de reais, ficou com a Triunfo Participações (TPI), que fez oferta de 107,98 reais por megawatt-hora. O preço-teto era de 133 reais. A hidrelétrica será construída no rio Canoas, nos municípios de Cerro Negro e Abdon Batista (SC).
A Alupar fez o melhor lance pela usina de Ferreira Gomes, oferecendo 69,78 reais por megawatt-hora (MWh), contra preço-teto de 83 reais. A usina será construída no rio Araguari, nos municípios de Araguari e Ferreira Gomes (AP). A potência instalada mínima é de 252 MW, com investimentos de 810,7 milhões de reais.
No início da semana, a Eletrobras informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o grupo pretendia "ganhar todas" as hidrelétricas que iriam a leilão nesta sexta-feira.
A licitação também teve a venda de energia de usinas com construção autorizada ou em andamento. Das pequenas centrais hidrelétricas que ofertaram energia, quatro comercializaram volumes: Pirapora, Canaa, Jamari e Santa Cruz de Montenegro.
A usina de Santo Antônio do Jari, com capacidade instalada de 300 MW, não conseguiu vender energia.