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Leilão de biodiesel movimenta R$1 bilhão

Concorrência acirrada e volume ofertado garantem menor preço histórico. Para analista, possível alta da soja pode reduzir a margem de lucro das usinas

Segundo o Minsitério de Minas e Energia, baixa no preço do biodiesel do leilão deve ter reflexo positivo para o consumidor. (.)

Vanessa Barbosa

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

São Paulo - O 19º leilão de biodiesel, concluído no final da tarde desta quinta (2), registrou preço médio final de R$ 1,743/litro, com um deságio de 25% em relação ao valor inicial de R$ 2,320. Segundo o Ministério de Minas e Energia, este foi o menor preço histórico obtido num leilão de biodiesel, desde o inicio da obrigatoriedade legal da adição da substância no diesel, em janeiro de 2008.

Ao todo, foram negociados 615 milhões de litros, de forma a garantir a mistura B5 (5% de biodiesel no diesel fóssil) no quarto trimestre de 2010. Segundo o órgão, o valor dessa transação, que envolveu cerca de 50 empresas, superou a quantia de R$ 1 bilhão. Em relação ao leilão anterior, que negociou 600 milhões de litros, houve um crescimento de 2,5% no volume comercializado e diferença de 17,3% no valor obtido (R$ 2,106).

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Segundo analistas, a baixa no preço é reflexo de uma concorrência acirrada e do crescimento do mercado de biodiesel, o que tem deixado os fabricantes otimistas. Mas é preciso cautela. Na opinião do analista de mercado Miguel Biegai, uma alta no preço do óleo de soja, um dos principais insumos do setor, nos próximos meses, pode reduzir a margem de lucro das usinas.

"Historicamente, o mercado de soja interno tende a apresentar altas no último trimestre do ano" explica Begai. "Isso pode gerar prejuízos para as empresas já que tem-se aí um preço de venda de biodiesel fixado e o preço do insumo disparando". De toda a forma, a baixa no valor do biodiesel comercializado neste 19º leilão deve refletir positivamente no bolso do consumidor.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, os resultados ainda são preliminares e serão homologados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

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