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Lei que limita venda de bebidas entra em vigor na Turquia

Uma lei que restringe a venda de bebidas alcoólicas no país, principalmente em estabelecimentos próximos a escolas e mesquitas, entrou em vigor nesta segunda

Comemoração regada a cerveja em um parque de Ancara: nova lei proíbe a venda de álcool entre as 22H00 e 06H00 (Adem Altan/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2013 às 14h37.

Ancara - Uma lei promulgada pelo governo islâmico da Turquia que restringe a venda de bebidas alcoólicas no país, principalmente em estabelecimentos próximos a escolas e mesquitas, entrou em vigor nesta segunda-feira.

Votado em maio, este texto alimentou em grande parte o movimento de contestação que sacudiu a Turquia em junho, apresentado pelos manifestantes como um dos símbolos do autoritarismo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan e de sua vontade "de islamizar" o país.

A nova lei proíbe a venda de álcool entre as 22H00 e 06H00, assim como em qualquer horário em locais próximos a estabelecimentos escolares e mesquitas.

Ela impõe ainda a inclusão nos rótulos das bebidas de mensagens alertando para os riscos do álcool e proíbe a publicidade para tais bebidas na televisão e nas universidades.

Assim como para o cigarro, as emissoras são agora obrigadas a remover de sua programação copos ou garrafas de álcool, sob pena de multa.

Erdogan, um muçulmano devoto que não fuma nem bebe, defendeu a lei por razões de saúde pública, em nome de uma Turquia "saudável". Mas os meios de comunicação laicos têm denunciado uma lei draconiana e motivada por questões religiosas.

O primeiro-ministro causou, assim, alvoroço ao afirmar que a verdadeira bebida nacional era o Ayran, feita com iogurte e água, ao invés do famoso raki, um licor de anis.

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Votado em maio, este texto alimentou em grande parte o movimento de contestação que sacudiu a Turquia em junho, apresentado pelos manifestantes como um dos símbolos do autoritarismo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan e de sua vontade "de islamizar" o país.

A nova lei proíbe a venda de álcool entre as 22H00 e 06H00, assim como em qualquer horário em locais próximos a estabelecimentos escolares e mesquitas.

Ela impõe ainda a inclusão nos rótulos das bebidas de mensagens alertando para os riscos do álcool e proíbe a publicidade para tais bebidas na televisão e nas universidades.

Assim como para o cigarro, as emissoras são agora obrigadas a remover de sua programação copos ou garrafas de álcool, sob pena de multa.

Erdogan, um muçulmano devoto que não fuma nem bebe, defendeu a lei por razões de saúde pública, em nome de uma Turquia "saudável". Mas os meios de comunicação laicos têm denunciado uma lei draconiana e motivada por questões religiosas.

O primeiro-ministro causou, assim, alvoroço ao afirmar que a verdadeira bebida nacional era o Ayran, feita com iogurte e água, ao invés do famoso raki, um licor de anis.

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