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LeBron James diz que Trump deixa o ódio "na moda"

Jogador do Cleveland Cavaliers defendeu o combate ao racismo ao invés de se ouvir o "chamado presidente"

LeBron James: "o ódio sempre existiu nos Estados Unidos. Sim, nós sabemos disso, mas Donald Trump acaba de fazer com que fique na moda novamente" (Mike Ehrmann/Getty Images)
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AFP

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 09h36.

O astro do basquete LeBron James, jogador do Cleveland Cavaliers, criticou Donald Trump por fazer com que o ódio "fique na moda", e defendeu o combate ao racismo ao invés de se ouvir o "chamado presidente".

LeBron reagiu rapidamente depois que o presidente americano reiterou sua opinião de que havia culpa "dos dois lados" nos distúrbios raciais do fim de semana em Charlottesville (Virginia).

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"O ódio sempre existiu nos Estados Unidos. Sim, nós sabemos disso, mas Donald Trump acaba de fazer com que fique na moda novamente", escreveu LeBron no Twitter.

Lebron escreveu a mensagem pouco depois de Trump ter defendido sua resposta inicial à manifestação da supremacia branca no sábado, que provocou vários confrontos com os contra-manifestantes.

A reação de Trump no sábado, de que houve violência "em muitos lados", provocou uma reação intensa. Na segunda-feira ele apontou Ku Klux Klan e os neonazistas envolvidos como criminosos.

Mas em uma entrevista coletiva na Trump Tower de Nova York na terça-feira, o presidente, visivelmente irritado, voltou a afirmar que os dois grupos tinham a culpa de incitar a violência.

LeBron, que há muito tempo fala sobre racismo e justiça social nos Estados Unidos, expressou durante o fim de semana sua tristeza com os eventos em Charlottesville.

O atleta, que apoiou a democrata Hillary Clinton nas eleições vencidas por Trump, questionou: "Este é o caminho para o qual nosso país está seguindo?".

O jogador, que teve sua residência em Los Angeles vandalizada com insultos racistas às vésperas das finais da NBA em junho, voltou a falar sobre o tema na terça-feira à noite em um evento da LeBron James Family Fundation em Sandusky, Ohio.

"Tenho esta plataforma e sou alguém que tem uma voz de liderança e a única maneira de melhorarmos como sociedade e como pessoas é o amor", disse.

"Não é sobre o cara que é chamado de presidente dos Estados Unidos, ou seja qual for o caso... É sobre nós", completou.

"É sobre nós olharmos no espelho. Das crianças aos adultos. Todos nós olhando no espelho e dizendo 'O que podemos fazer de maneira melhor para ajudar a mudança?'".

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