Marine Le Pen: a ultradireitista atingiu no primeiro turno o apoio de 21,43% dos eleitores (Robert Pratta/Reuters)
EFE
Publicado em 24 de abril de 2017 às 09h23.
Última atualização em 24 de abril de 2017 às 09h30.
Paris - A candidata ultradireitista à Presidência francesa, Marine Le Pen, criticou nesta segunda-feira as chamadas feitas pelos outros partidos para frear seu avanço no segundo turno das eleições presidenciais, que será realizado em 7 de maio, quando enfrentará o social liberal Emmanuel Macron.
Em uma viagem de campanha em Rouvroy, no norte do país, Le Pen, líder da Frente Nacional (FN), disparou contra essa "velha frente republicana podre, que já ninguém quer" e que "tenta se aliar" em torno de Macron, ex-ministro de Economia com o atual presidente.
Entre os que solicitaram voto para Macron estão a formação conservadora Os Republicanos e o Partido Socialista, cujos candidatos, François Fillon e Benoît Hamon, respectivamente ficaram ontem em terceiro e quinto lugar.
O esquerdista Jean-Luc Mélenchon não falou sobre votos, mas seu diretor de campanha, Manuel Bompard, disse ontem à noite que era "óbvio" que não iam pedir votos para Le Pen.
Com 97% dos votos apurados, a ultradireitista atingiu no primeiro turno o apoio de 21,43% dos eleitores, atrás de Macron, que liderou a eleição com 23,86%.
"Não há decepção, acreditem em mim", acrescentou hoje Le Pen, que disse que seu grupo está "cheio de esperança e dinamismo".