Mossack Fonseca: Ramón Fonseca, por sua parte, escreveu que seu escritório não tem "nada a ver com a Odebrecht nem com a Lava Jato (Rodrigo Arangua / AFP)
EFE
Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 18h08.
Última atualização em 9 de fevereiro de 2017 às 18h31.
Cidade do Panamá - A procuradoria do Panamá revistou os escritórios da Mossack Fonseca, epicentro dos chamados Panama Papers, e emitiu uma ordem de condução contra os dois sócios da empresa por seu suposto envolvimento em casos investigados pela Operação Lava Jato no Brasil.
"Revista em escritórios de sócios da empresa que criou sociedades anônimas no Brasil vinculadas a #LavaJato #PanamaPapers", informou em sua conta no Twitter o Ministério Público do Panamá.
Ramón Fonseca, por sua parte, escreveu em sua conta na mesma rede social que seu escritório não tem "nada a ver com a Odebrecht nem com a Lava Jato, e que ele e seu sócio, Jürgen Mossack, se apresentarão "voluntariamente e com gosto" na procuradoria "para esclarecer qualquer assunto".
Uma fonte judicial disse à Agência Efe que existe uma ordem de condução contra Mossack e Fonseca para que compareçam na procuradoria, onde nesta quinta-feira já se apresentaram seus advogados.
"Há mais de 10 mil empresas relacionadas com esta investigação. As poucas que são nossas fizemos por solicitação de bancos e advogados", declarou Fonseca no Twitter em referência ao esquema de corrupção no Brasil.
Em uma série de mensagens na rede social, o advogado acrescentou que "a investigação dirigida somente sobre nós, que nunca tivemos relação direta com ninguém, deixa muito em que pensar".
Esta é a segunda vez que a procuradoria do Panamá efetua buscas nos escritórios da Mossack Fonseca, localizados em pleno centro bancário da capital panamenha.
A primeira vez aconteceu em abril de 2016, dez dias depois da explosão do escândalo dos Panama Papers, que revelaram que personalidades de todo o mundo contrataram os serviços desta empresa panamenha para criar sociedades "offshore" em diferentes paraísos fiscais.