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Lagarde diz que espera resgatar o melhor de Strauss-Kahn

Diretora-gerente afirma que deve manter política econômica de seu antecessor

Christine Lagarde: nova diretora do FMI vai manter cooperação com OIT (Brendan Smialowski/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2012 às 09h23.

Washington - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse em sua primeira coletiva de imprensa, realizada nesta quarta-feira, que tentará resgatar o melhor da gestão de seu antecessor, Dominique Strauss-Kahn, e evoluir nos temas mais controversos.

Solicitada pelos jornalistas para que enumerasse as mudanças que planeja realizar durante seu mandato, a diretora disse que manterá a política econômica anterior.

Segundo Lagarde, os dois temas prioritários para a economia mundial são "a dívida pública", "com atenção particular para a zona euro" e Grécia, e, em seguida, o reaquecimento das economias emergentes, expostas "ao risco da inflação importada".

Lagarde, contudo, também mencionou problemas priorizados pelo antigo número um do Fundo, como o emprego e as questões sociais como componentes periféricos da visão econômica tradicional sobre a situação de um país.

"O emprego é uma questão essencial para o Fundo", disse Lagarde. "O desemprego, contudo, está elevado em muitos lugares e como consequência disso há muito por fazer", disse.

Lagarde disse também que quer manter a cooperação iniciada por Strauss-Kahn com a Organização Internacional do Trabalho no verão de 2010.


Em uma entrevista para a France 24, Lagarde disse ainda que teve uma conversa telefônica com seu antecessor "sobre alguns assuntos pendentes e sobre um certo número de reformas que havia proposto".

Entre seus planos, há ainda uma nova maneira de exercer suas funções.

"Uma diferença que me surge imediatamente é o estilo de direção, porque sou uma pessoa diferente, provavelmente mais inclinada para a integração, para o trabalho em equipe", disse. "Com a diversidade vem o respeito pelo outro (...) e me assegurarei de que cada um continue sendo respeitado", completou.

A nova diretora disse que seguirá de perto a formação (do FMI) sobre a ética. "Eu estabeleci o mesmo em meu gabinete de advogados" (Baker & McKenzie, onde presidiu o comitê executivo mundial de 1999 a 2004), disse Lagarde.

A diretora-gerente se recusou a fazer comentários sobre a evolução do caso de agressão sexual contra Strauss-Kahn.

A investigação contra o ex-diretor do FMI continua, disseram nesta quarta-feira os responsáveis pelo caso, após uma reunião com os advogados de defesa.

"A investigação continua", afirmou um porta-voz do escritório do promotor Cyrus Vance.

Na terça-feira, vários especialistas e a imprensa americana disseram que justiça iria abandonar nos próximos dias uma boa parte das acusações contra o ex-diretor do FMI.

Segundo eles, as contradições no testemunho da empregada de hotel que acusa a Strauss-Kahn de estupro, supostamente ocorrido no dia 14 de maio, torna muito difícil uma decisão unânime dos jurados do caso.

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Washington - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse em sua primeira coletiva de imprensa, realizada nesta quarta-feira, que tentará resgatar o melhor da gestão de seu antecessor, Dominique Strauss-Kahn, e evoluir nos temas mais controversos.

Solicitada pelos jornalistas para que enumerasse as mudanças que planeja realizar durante seu mandato, a diretora disse que manterá a política econômica anterior.

Segundo Lagarde, os dois temas prioritários para a economia mundial são "a dívida pública", "com atenção particular para a zona euro" e Grécia, e, em seguida, o reaquecimento das economias emergentes, expostas "ao risco da inflação importada".

Lagarde, contudo, também mencionou problemas priorizados pelo antigo número um do Fundo, como o emprego e as questões sociais como componentes periféricos da visão econômica tradicional sobre a situação de um país.

"O emprego é uma questão essencial para o Fundo", disse Lagarde. "O desemprego, contudo, está elevado em muitos lugares e como consequência disso há muito por fazer", disse.

Lagarde disse também que quer manter a cooperação iniciada por Strauss-Kahn com a Organização Internacional do Trabalho no verão de 2010.


Em uma entrevista para a France 24, Lagarde disse ainda que teve uma conversa telefônica com seu antecessor "sobre alguns assuntos pendentes e sobre um certo número de reformas que havia proposto".

Entre seus planos, há ainda uma nova maneira de exercer suas funções.

"Uma diferença que me surge imediatamente é o estilo de direção, porque sou uma pessoa diferente, provavelmente mais inclinada para a integração, para o trabalho em equipe", disse. "Com a diversidade vem o respeito pelo outro (...) e me assegurarei de que cada um continue sendo respeitado", completou.

A nova diretora disse que seguirá de perto a formação (do FMI) sobre a ética. "Eu estabeleci o mesmo em meu gabinete de advogados" (Baker & McKenzie, onde presidiu o comitê executivo mundial de 1999 a 2004), disse Lagarde.

A diretora-gerente se recusou a fazer comentários sobre a evolução do caso de agressão sexual contra Strauss-Kahn.

A investigação contra o ex-diretor do FMI continua, disseram nesta quarta-feira os responsáveis pelo caso, após uma reunião com os advogados de defesa.

"A investigação continua", afirmou um porta-voz do escritório do promotor Cyrus Vance.

Na terça-feira, vários especialistas e a imprensa americana disseram que justiça iria abandonar nos próximos dias uma boa parte das acusações contra o ex-diretor do FMI.

Segundo eles, as contradições no testemunho da empregada de hotel que acusa a Strauss-Kahn de estupro, supostamente ocorrido no dia 14 de maio, torna muito difícil uma decisão unânime dos jurados do caso.

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