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Kremlin critica vídeo de campanha de Donald Trump

O vídeo tenta lançar dúvidas sobre a capacidade de Hillary para lidar com Putin, que é mostrado como um inimigo dos Estados Unidos

Donald Trump em comício em Iowa, nos  EUA,  em 01.02. 2016 (Getty Images)

Donald Trump em comício em Iowa, nos EUA, em 01.02. 2016 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2016 às 13h29.

Moscou - O governo russo repudiou nesta quinta-feira um vídeo de campanha do pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos Donald Trump que o louva às custas da pré-candidata democrata Hillary Clinton, queixando-se de que a peça demoniza a Rússia.

"Vi o vídeo. Não tenho certeza de que (o presidente russo) Vladimir Putin o viu. (Mas) nossa posição é negativa", disse Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, durante uma teleconferência com repórteres.

O vídeo tenta lançar dúvidas sobre a capacidade de Hillary para lidar com Putin, que é mostrado como um inimigo dos Estados Unidos.

Apresentando o que insinua serem os adversários mais duros dos EUA na arena mundial, o vídeo mostra o líder russo vencendo um oponente com facilidade em uma luta de judô antes de cortar a imagem e exibir Mohammed Emwazi, falecido carrasco do Estado Islâmico conhecido como "Jihadi John".

Em seguida entra um vídeo de Hillary sobre o qual foram sobrepostos sons que lembram os latidos de um cão. Depois Putin aparece rindo.

"É um segredo de polichinelo para nós que demonizar a Rússia e o que quer que tenha relação com a Rússia é, infelizmente, uma marca registrada inevitável das campanhas eleitorais norte-americanas", afirmou Peskov.

"Sempre lamentamos isso sinceramente, e gostaríamos que o processo eleitoral (dos EUA) fosse conduzido sem tais referências a nosso país."     

A televisão estatal russa, que normalmente reflete a visão de mundo do Kremlin, tem se mostrado em geral mais simpática a Trump do que aos outros pré-candidatos presidenciais.

Mas vem se queixando do que diz ser o tom anti-Rússia generalizado da campanha, criticando quase todos os pré-candidatos por declarações que fizeram sobre o país.

Os EUA acusam a Rússia de não bombardear alvos do Estado Islâmico na Síria com a mesma ferocidade ou frequência com que alveja o que Washington afirma serem grupos moderados opostos ao presidente sírio, Bashar al-Assad.

O Kremlin tem negado a acusação, dizendo que o Estado Islâmico é uma ameaça perigosa à sua própria segurança, e já rejeitou tentativas ocidentais de comparar a ameaça que a Rússia supostamente representa ao Ocidente àquela representada pelo Estado Islâmico.

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