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Kim: preparado; China: calma…

Venha o que vier A Coreia do Norte disse estar “completamente preparada” para qualquer eventual ataque americano, no momento em que um grupo de aeronaves dos Estados Unidos ruma em direção à região. “Temos um arsenal nuclear poderoso nas mãos, e certamente não vamos ficar de braços cruzados”, disse à AFP o vice-ministro das Relações […]

ROUHANI: o presidente vai concorrer à reeleição no Irã / Reuters
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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2017 às 19h01.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h28.

Venha o que vier

A Coreia do Norte disse estar “completamente preparada” para qualquer eventual ataque americano, no momento em que um grupo de aeronaves dos Estados Unidos ruma em direção à região. “Temos um arsenal nuclear poderoso nas mãos, e certamente não vamos ficar de braços cruzados”, disse à AFP o vice-ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Han Song-ryol. Especula-se que os norte-coreanos planejam realizar neste fim de semana seu sexto teste nuclear desde 2005. As tensões aumentaram após o presidente americano, Donald Trump, lançar no Afeganistão sua maior arma não-nuclear — a bomba Moab (“mãe de todas as bombas”) — na quinta-feira e dizer que a Coreia do Norte é “um problema que será resolvido”.

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A um passo da guerra

Para a China, uma guerra entre Estados Unidos e Coreia do Norte “pode começar a qualquer momento”, gerando uma situação em que “todo mundo perde”. O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, pediu que as partes “parem de provocar e ameaçar uma a outra” para que a situação não fique “irreversível e incontrolável”. A companhia aérea Air China anunciou que vai suspender voos até a capital norte-coreana, Pyongyang, a partir de segunda-feira 17. O cancelamento foi interpretado como uma reação aos conflitos na região, embora a Air China afirme que se deve ao baixo número de vendas.

Enquanto isso, a Síria

Enquanto os holofotes se voltam para a Coreia do Norte, os ministros das Relações Exteriores de Rússia, Irã e Síria se reuniram em Moscou para tratar da intervenção americana em uma base militar síria, feito em represália aos ataques químicos contra civis — pelos quais o Ocidente acusa o regime do ditador sírio, Bashar al-Assad, que é apoiado por Rússia e Irã. O chanceler russo Sergey Lavrov classificou a ação americana como “agressão” que pode ter “graves consequências” para a região e o mundo e pediu a criação de um grupo independente na ONU para investigar o ocorrido. A Síria, por sua vez, voltou a dizer que não possui armas químicas e não as usa em guerra.

Erdogan: à espera do referendo

Às vésperas do referendo de domingo 16, que quer mudar para presidencial o sistema parlamentar da Turquia, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse estar confiante com a vitória do “sim”. Erdogan, que atualmente divide o Executivo com um primeiro-ministro, ganharia mais poderes se a mudança for aprovada. Pesquisas de opinião apontam que o apoio ao sim está entre 55% e 60%. Erdogan também disse nesta sexta-feira que vai rever sua relação com a União Europeia após o referendo. “A Turquia não é o bode expiatório deles”, afirmou. As relações entre a Turquia e a UE pioraram após Alemanha e Holanda impedirem que oficiais turcos fizessem campanha pelo referendo em seus territórios – em resposta, Erdogan chamou os governos de “nazistas” e prometeu voltar atrás em um acordo em que a Turquia aceita barrar refugiados que tentem ingressar em terras europeias.

Reeleição de Rouhani

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, oficializou sua candidatura a um segundo mandato nas eleições iranianas, que acontecem em maio deste ano. Ele diz ser o candidato para trazer “estabilidade” e “moderação” ao país. Visto como moderado, Rouhani é criticado pela ala conservadora do Irã, sobretudo após acordo de não-violência nuclear celebrado com os Estados Unidos na gestão do ex-presidente Barack Obama. Contudo, o futuro do tratado segue incerto com as constantes trocas de farpas entre Rouhani e o presidente Donald Trump.

Bring back our girls

Protestos em diferentes cidades da Nigéria marcaram os três anos do sequestro de 300 meninas pelo grupo terrorista Boko Haram. Os manifestantes pedem que o governo potencialize ações para resgatar as 195 meninas que seguem em cativeiro. O sequestro gerou comoção mundial por meio da campanha “Bring back our girls” (“traga de volta nossas garotas”, em português). Nesta semana, o presidente americano, Donald Trump, anunciou que venderá aviões militares à Nigéria para ajudar na luta contra o Boko Haram. Outro grupo terrorista da região, o al-Shabab, da Somália, também está na mira de Trump: o Pentágono anunciou nesta sexta-feira que vai enviar dezenas de tropas para treinar o exército da Somália na luta contra o grupo. É a primeira vez que os americanos enviam tropas à Somália desde 1994, no governo de Bill Clinton.

Recontagem no Equador

A Justiça eleitoral do Equador vai recontar 12% das urnas — equivalente a 1,2 milhão de votos — da eleição presidencial de 2 de abril, da qual saiu vitorioso o candidato governista Lenín Moreno. Protegido do presidente Rafael Correa, Moreno venceu com 51% dos votos o conservador Guillermo Lasso. Lasso e a oposição contestaram o resultado e pediram a recontagem de 100% das urnas.

A imunidade de Le Pen

Autoridades francesas pediram que seja retirada a imunidade parlamentar da candidata ultraconservadora à Presidência, Marine Le Pen. O pedido foi feito no fim do mês e revelado à imprensa nesta sexta-feira, por fontes próximas ao caso. Parlamentar da União Europeia, Le Pen é acusada de ter usado dinheiro público para pagar funcionários de seu partido, a Frente Nacional. Devido à imunidade, Le Pen se negou a prestar depoimento quando convocada nos últimos meses e disse que só vai depor quado se encerrarem as eleições francesas. O primeiro turno acontece no próximo dia 23 de abril.

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