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Kiev rejeita convidar opositores pró-Rússia para negociação

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia se opôs à participação dos grupos pró-Rússia em cúpula internacional para resolver crise


	Protestos de manifestantes pró-Russia em Lugansk, Ucrânia: "como governo legítimo da Ucrânia representamos todas as regiões do país", disse ministro ucraniano
 (Vasily Fedosenko/Reuters)

Protestos de manifestantes pró-Russia em Lugansk, Ucrânia: "como governo legítimo da Ucrânia representamos todas as regiões do país", disse ministro ucraniano (Vasily Fedosenko/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 11h16.

Viena - O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andre Deschitsa, se opôs nesta terça-feira à participação dos grupos pró-Rússia do leste e sul do país em uma hipotética cúpula internacional para tentar encontrar uma saída para crise na Ucrânia.

"Como governo legítimo da Ucrânia representamos todas as regiões do país. Caso contrário, deveríamos pedir aos russos que enviem representantes da Chechênia e Daguestão, e a UE que esteja representada por seus diferentes países", disse o ministro após uma reunião hoje em Viena do Conselho da Europa.

Por isso, Deschitsa indicou que para ser realizada uma nova cúpula como a de abril em Genebra com a participação dos EUA, da União Europeia (UE), da Rússia e da Ucrânia, o formato deveria ser mantido em nível de ministros das Relações Exteriores.

O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, tinha condicionado pouco antes uma nova reunião de Genebra à participação dos opositores pró-Rússia do sul e leste da Ucrânia.

Caso contrário, comentou o ministro russo, uma nova edição da cúpula "não faria sentido".

Com relação a sua disposição para que seja realizada uma nova cúpula como a de Genebra, o ministro colocou como condição que todas as partes se comprometam a aplicar os acordos.

O responsável da diplomacia ucraniana assinalou que a principal prioridade do governo é a realização em 25 de maio de eleições presidenciais.

"Se a Rússia estiver disposta a se compromoter e a apoiar estas eleições e eliminar as ameaças e seu apoio aos grupos extremistas na Ucrânia, estaríamos dispostos a ter uma rodada de reuniões", disse o ministro ucraniano.

Para que a reunião eleitoral possa ser celebrada de forma democrática, Deschitsa explicou que tinha solicitado hoje que seus parceiros do Conselho da Europa "façam todo o possível para eliminar as ameaças externas e provocações apoiadas pela Rússia na Ucrânia". 

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