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Kiev e rebeldes pró-Rússia recuam artilharia

Forças de Kiev e os separatistas pró-Rússia continuaram com a retirada de armamento pesado para criar uma zona desmilitarizada no leste


	Soldados ucranianos: recuo demarca região que separa as posições dos dois lados
 (Gleb Garanich)

Soldados ucranianos: recuo demarca região que separa as posições dos dois lados (Gleb Garanich)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 09h31.

Moscou - As forças de Kiev e os separatistas pró-Rússia continuaram nesta terça-feira com a retirada de armamento pesado para criar uma zona desmilitarizada na demarcação que separa as posições dos dois lados no leste da Ucrânia.

"Retiramos nossa artilharia, mas apenas nas áreas onde fizeram o mesmo as tropas regulares ucranianas", disse à agência russa "Interfax" o chefe da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD), Aleksandr Zakharchenko.

Os rebeldes da vizinha região de Lugansk informaram que os militares ucranianos também recuaram seu armamento pesado de algumas zonas pelas quais passa a demarcação fixada no memorando assinado entre os dois lados no sábado passado em Minsk.

O documento rubricado na capital bielorrussa reforça o cessar-fogo e estabelece a criação de uma zona desmilitarizada de 30 quilômetros da qual devem ser retiradas as peças de artilharia e os tanques com canhões cujo calibre seja maior que 100 milímetros.

As áreas do conflito entre os separatistas e as forças de Kiev nas regiões orientais de Donetsk e Lugansk vivem desde a madrugada passada uma jornada relativamente tranquila após a declaração do cessar-fogo em 5 de setembro, embora não sem incidentes cada vez mais isolados.

Um homem morreu no final da noite de ontem na cidade de Donetsk, capital da região homônima, em consequência de um ataque com fogo de artilharia contra um dos bairros residenciais da cidade, informaram as autoridades municipais.

Os separatistas da RPD denunciaram, além disso, quatro ataques com canhões e morteiros dos militares ucranianos em diferentes pontos da região.

Enquanto isso, os dois lados estão à espera que o fiador do acordo alcançado no Memorando de Minsk, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), chegue ao terreno e comece a supervisionar a retirada na zona desmilitarizada de 30 quilômetros. 

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