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Kiev acusa rebeldes de reagrupar armamento pesado

Lisenko desmentiu que os separatistas tenham iniciado hoje a retirada de seu armamento pesado a uma distância de 50 quilômetros da linha de frente


	Separatistas em Debaltseve: porta-voz desmentiu que os separatistas tenham iniciado hoje a retirada de seu armamento pesado a uma distância de 50 quilômetros da linha de frente
 (Baz Ratner/Reuters)

Separatistas em Debaltseve: porta-voz desmentiu que os separatistas tenham iniciado hoje a retirada de seu armamento pesado a uma distância de 50 quilômetros da linha de frente (Baz Ratner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 11h18.

Kiev - As autoridades ucranianas acusaram nesta terça-feira os rebeldes pró-Rússia de reagrupar o armamento pesado em outras zonas, concretamente junto à cidade de Mariupol, ao invés de retirá-lo como estabelecem os acordos de Minsk assinados em 12 de fevereiro.

"Continua a aproximação à linha de separação (entre as posições dos dois grupos) do armamento e soldados (das milícias). Em primeiro lugar, na frente de Mariupol", segunda cidade mais importante da rebelde região de Donetsk, leal a Kiev, denunciou o porta-voz do comando militar ucraniano, Andrei Lisenko.

Lisenko desmentiu que os separatistas tenham iniciado hoje a retirada de seu armamento pesado a uma distância de 50 quilômetros da linha de frente que existia em 19 de setembro do ano passado, como assegurou nesta manhã o número dois do comando militar rebelde, Eduard Basurin.

"Hoje retiramos nosso armamento pesado das zonas de Debaltsevo, Gorlovka, Donetsk e Telmanovo", anunciou o subchefe das milícias de Donetsk, Eduard Basurin, citado por uma agência de notícias dos pró-Rússia.

Pouco antes, Lisenko dizia que as milícias retirariam hoje da frente 96 peças de artilharia D-30, de 122 milímetros.

Os separatistas da vizinha Lugansk também asseguraram ter retirado já grande parte de sua artilharia pesada que estava na zona de Debaltsevo, palco de sangrentos combates até semana passada.

"São só palavras", reagiu às declarações dos rebeldes o comando militar de Kiev, que acusou os mesmos de "reforçar ao contrário suas unidades e acumular munição".

Embora os dois grupos tenham se comprometido há poucos dias a começar no fim de semana passado a retirada do armamento pesado, Kiev reiterou hoje que a medida, estipulada pelo segundo ponto dos acordos de Minsk, não será realizada até que o cessar-fogo na frente seja total.

"Assim que as milícias respeitarem durante dois dias o cessar-fogo, será o único sinal para começar a retirada" da artilharia, ressaltou Lisenko.

Pouco antes, as autoridades ucranianas acusaram os rebeldes de violar em 12 ocasiões o cessar-fogo que oficialmente rege há mais de uma semana no leste da Ucrânia.

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