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Khamenei qualifica como pecado o uso de armas nucleares

O aiatolá Ali Khamenei defendeu que o Oriente Médio seja uma zona livre destas armas


	O líder iraniano atacou os Estados Unidos por seu arsenal nuclear e disse que se trata do "único país culpado por usar" armas atômicas
 (Majid Saeedi/Getty Images)

O líder iraniano atacou os Estados Unidos por seu arsenal nuclear e disse que se trata do "único país culpado por usar" armas atômicas (Majid Saeedi/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2012 às 07h23.

Teerã - O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, qualificou nesta quinta-feira de "pecado imperdoável" a fabricação e o uso de bombas nucleares e defendeu que o Oriente Médio seja uma zona livre destas armas, na abertura da 16ª Cúpula do Movimento dos Países Não Alinhados (MPNA), realizada em Teerã.

Em seu discurso perante as delegações dos 120 países membros do MPNA, Khamenei ressaltou o direito do Irã ao uso pacífico da energia nuclear, mas assegurou que as armas atômicas "não garantem a segurança nem fortalecem as nações".

O líder iraniano atacou os Estados Unidos por seu arsenal nuclear e disse que se trata do "único país culpado por usar" armas atômicas.

Ao mesmo tempo, arremeteu contra os EUA e seus aliados, entre eles Israel, por tentarem impedir que outros países usem a energia nuclear com fins pacíficos e por manifestarem o temor de que o Irã esteja tentando fabricar bombas atômicas.

Por outro lado, Khamenei atacou Israel e EUA por sua política na Palestina e apontou, como uma "solução justa e democrática", um "plebiscito para decidir o futuro" dessa terra de que participem muçulmanos, cristãos e judeus.

Em referência aos Não Alinhados, Khamenei indicou que nesta cúpula se pretende 'dar uma nova vida ao movimento' para desenvolver uma nova ordem após a Guerra Fria e o unilateralismo que a seguiu.

O líder religioso e político do Irã encorajou os presentes a defenderem os valores que há cinco décadas levaram à criação do MPNA, dos quais citou o anticolonialismo, a independência política, econômica e cultural, o não alinhamento com blocos de poder e a solidariedade e cooperação entre os membros.

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