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Kerry promete ação contra Síria sem invasão terrestre

Secretário de Estado assegurou durante audiência no Congresso que os planos de ação militar não envolvem invasão por terra

John Kerry, Secretário de Estado dos EUA, durante audiência no Congresso para explicar os planos de ataque à Síria (Joshua Roberts/Reuters)

John Kerry, Secretário de Estado dos EUA, durante audiência no Congresso para explicar os planos de ataque à Síria (Joshua Roberts/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 20h29.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, assegurou nesta terça-feira, durante audiência no Congresso, que os planos de ação militar norte-americana contra a Síria não envolvem invasão por terra.

Ao tentar convencer os congressistas norte-americanos a aprovarem o pedido de autorização do presidente Barack Obama para ordenar uma "ação militar limitada" contra a Síria, Kerry enfatizou que o texto de resolução pode inclusive conter uma restrição expressa a uma incursão terrestre.

Durante a audiência de hoje, diversos congressistas manifestaram preocupação com a possibilidade de os Estados Unidos serem arrastados para um conflito maior e mais complicado do que se espera.

Kerry e o secretário de Defesa do país, Chuck Hagel, defenderam enfaticamente o pedido do presidente Barack Obama por uma autorização do Congresso para usar força militar em resposta ao ataque com armas químicas de 21 de agosto na Síria.

Em depoimento ao Comitê de Relações Exteriores do Senado, Kerry e Hagel afirmaram que o presidente da Síria, Bashar Assad, ignorou "diversos alertas" e decidiu "realizar um ataque químico ultrajante". Kerry disse haver evidências "que não deixam dúvidas" sobre a responsabilidade de Assad no ataque.

Segundo Kerry, se os EUA não responderem, Assad e seus aliados terão mais coragem de utilizar armas químicas ou até mesmo nucleares no futuro, "com impunidade".

Em seus comentários, Hagel afirmou que o uso de armas químicas na Síria "não foi só um ataque à humanidade, mas também uma séria ameaça à segurança nacional dos EUA e aos interesses dos aliados mais próximos", como Israel, Jordânia, Turquia, Líbano e Iraque.

"Temos que nos preocupar com a possibilidade de grupos terroristas, como o Hezbollah, que tem forças na Síria apoiando o regime de Assad, possam adquirir essas armas químicas", disse Hagel.

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