John Kerry durante uma coletiva de imprensa após encontro com o chanceler do Egito, no Cairo (Brendan Smialowski/Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2014 às 13h11.
O secretário de Estado americano, John Kerry, de visita ao Cairo, pediu neste domingo ao Egito que apoie a liberdade de imprensa, à véspera do pronunciamento da justiça no julgamento de jornalistas da Al-Jazeera acusados de apoiar os islamitas.
Neste caso, que provocou uma onda de protestos internacional, nove acusados, entre eles três jornalistas do canal do Qatar, assim como outras 11 pessoas julgadas à revelia, correm o risco de serem condenadas entre 15 e 25 anos de prisão, segundo um advogado de defesa.
Dezesseis egípcios são acusados de pertencer a uma organização terrorista, a Irmandade Muçulmana, do presidente islamita deposto, Mohamed Mursi, e quatro estrangeiros por terem difundido "informações falsas" para apoiar a confraria.
Os acusados - entre os quais figura o jornalista egípcio-canadense Fadel Fahmy, seu colega australiano Peter Greste e o egípcio Baher Mohamed, que estão presos há 160 dias - denunciam em cada audiência um julgamento injusto e político, assim como provas "totalmente fabricadas".