Kerry pede para Europa não misturar espionagem e comércio
Secretário de Estado pediu a europeus para que não deixem escândalo dificultar negociações comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2013 às 18h26.
Varsóvia - O secretário de Estado americano, John Kerry , pediu nesta terça-feira aos líderes europeus reunidos em Varsóvia para que não deixem o escândalo da espionagem dificultar as negociações comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos para a criação de uma zona de livre comércio.
"Esta negociação é realmente uma questão distinta", declarou. "Abrange o emprego, a economia, a concorrência em uma economia global com regras, por vezes, muito questionáveis e frágeis".
"Não deve ser confundida com quaisquer questões legítimas que possam surgir sobre a NSA e outras atividades", afirmou durante uma coletiva de imprensa.
Kerry, que chegou segunda-feira à noite à Polônia, disse que as negociações com a União Europeia para uma Parceria Transatlântica para o Comércio e Investimento (TTIP) deve levar à criação de "uma das forças econômicas mais poderosas do planeta".
A segunda rodada de negociações serão retomadas em 11 de novembro, em Bruxelas, depois de ter sido suspensa durante a paralisia orçamentária do governo federal no mês passado.
Mas as negociações também foram afetadas pela tempestade diplomática desencadeada pelas revelações do ex-consultor de Inteligência, Edward Snowden, sobre as operações de espionagem no exterior pela Agência de Segurança Nacional (NSA) americana.
"Devemos entender que, como parceiros, estamos todos no mesmo barco. Todos nós nos esforçamos para fornecer proteção aos nossos cidadãos", disse Kerry numa coletiva de imprensa conjunta com o seu colega polonês Radoslaw Sikorski.
"Devemos encontrar o equilíbrio entre proteger nossos cidadãos e, é claro, a privacidade de todos os cidadãos", acrescentou.
Ante o descontentamento dos europeus, a Casa Branca prometeu tentar conter as atividades de espionagem dos serviços de inteligência dos Estados Unidos.
Kerry admitiu na quinta-feira passada pela primeira vez que seu país tinha ido "longe demais" em alguns casos de espionagem.
"Se fizermos direito, podemos não só resolver os problemas, mas também reforçar as nossas relações no campo da inteligência", considerou nesta terça-feira.
Sikorski ressaltou por sua vez que "o acordo comercial TTIP deve ser um acordo entre a União Europeia e os Estados Unidos, indicando que a Polônia apoia o acordo.
"A Comissão Europeia nos representa nestas discussões, e é a única competente nesta área", acrescentou.
"No entanto, a União Europeia não tem competência em matéria de cooperação de inteligência", observou o ministro polonês.
O secretário de Estado americano está na Polônia para discutir as relações comerciais em expansão e o projeto para instalar um sistema de defesa antimísseis americano neste país em 2018.
A Polônia anunciou este ano sua intenção de gastar 33,6 bilhões de euros para modernizar suas Forças Armadas.
Kerry deve visitar nesta terça-feira a base aérea de Lask (centro) e encontrar os pilotos poloneses e americanos que realizam exercícios em conjunto desde novembro de 2012.
Varsóvia - O secretário de Estado americano, John Kerry , pediu nesta terça-feira aos líderes europeus reunidos em Varsóvia para que não deixem o escândalo da espionagem dificultar as negociações comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos para a criação de uma zona de livre comércio.
"Esta negociação é realmente uma questão distinta", declarou. "Abrange o emprego, a economia, a concorrência em uma economia global com regras, por vezes, muito questionáveis e frágeis".
"Não deve ser confundida com quaisquer questões legítimas que possam surgir sobre a NSA e outras atividades", afirmou durante uma coletiva de imprensa.
Kerry, que chegou segunda-feira à noite à Polônia, disse que as negociações com a União Europeia para uma Parceria Transatlântica para o Comércio e Investimento (TTIP) deve levar à criação de "uma das forças econômicas mais poderosas do planeta".
A segunda rodada de negociações serão retomadas em 11 de novembro, em Bruxelas, depois de ter sido suspensa durante a paralisia orçamentária do governo federal no mês passado.
Mas as negociações também foram afetadas pela tempestade diplomática desencadeada pelas revelações do ex-consultor de Inteligência, Edward Snowden, sobre as operações de espionagem no exterior pela Agência de Segurança Nacional (NSA) americana.
"Devemos entender que, como parceiros, estamos todos no mesmo barco. Todos nós nos esforçamos para fornecer proteção aos nossos cidadãos", disse Kerry numa coletiva de imprensa conjunta com o seu colega polonês Radoslaw Sikorski.
"Devemos encontrar o equilíbrio entre proteger nossos cidadãos e, é claro, a privacidade de todos os cidadãos", acrescentou.
Ante o descontentamento dos europeus, a Casa Branca prometeu tentar conter as atividades de espionagem dos serviços de inteligência dos Estados Unidos.
Kerry admitiu na quinta-feira passada pela primeira vez que seu país tinha ido "longe demais" em alguns casos de espionagem.
"Se fizermos direito, podemos não só resolver os problemas, mas também reforçar as nossas relações no campo da inteligência", considerou nesta terça-feira.
Sikorski ressaltou por sua vez que "o acordo comercial TTIP deve ser um acordo entre a União Europeia e os Estados Unidos, indicando que a Polônia apoia o acordo.
"A Comissão Europeia nos representa nestas discussões, e é a única competente nesta área", acrescentou.
"No entanto, a União Europeia não tem competência em matéria de cooperação de inteligência", observou o ministro polonês.
O secretário de Estado americano está na Polônia para discutir as relações comerciais em expansão e o projeto para instalar um sistema de defesa antimísseis americano neste país em 2018.
A Polônia anunciou este ano sua intenção de gastar 33,6 bilhões de euros para modernizar suas Forças Armadas.
Kerry deve visitar nesta terça-feira a base aérea de Lask (centro) e encontrar os pilotos poloneses e americanos que realizam exercícios em conjunto desde novembro de 2012.