Kerry pede ajuda ao Irã para colocar fim às guerras
Durante sua visita ao Bahrein, a primeira de um secretário de Estado americano desde 2010, Kerry defendeu o respeito aos direitos humanos no país
Da Redação
Publicado em 7 de abril de 2016 às 15h32.
O secretário de Estado americano , John Kerry, pediu nesta quinta-feira ajuda ao Irã para colocar fim às guerras de Iêmen e Síria , onde Teerã e seus rivais árabes do Golfo apoiam diferentes lados.
Durante sua visita ao Bahrein, a primeira de um secretário de Estado americano desde 2010, Kerry defendeu o respeito aos direitos humanos no país, de maioria xiita, mas governado por uma monarquia sunita.
A visita de Kerry ocorre duas semanas antes de o presidente americano, Barack Obama, viajar a Riad para participar da cúpula do Conselho de Cooperação das seis nações do Golfo.
As monarquias sunitas têm receio dos Estados Unidos por sua recente aproximação com o Irã.
Kerry convocou Teerã a "nos ajudar a colocar fim à guerra no Iêmen (...) nos ajudar a colocar fim à guerra na Síria, e não intensificá-la, e nos ajudar a poder mudar a dinâmica desta região", declarou em uma coletiva de imprensa no Bahrein.
Em sua visita, antes de se reunir com seus colegas do Golfo, disse que Teerã deverá "demonstrar ao mundo que quer ser um membro construtivo da comunidade internacional, e contribuir para a paz e a estabilidade".
No Iêmen, o Irã apoia os rebeldes xiitas huthis, que tomaram numerosos territórios no país, entre eles a capital Sanaa, e há mais de um ano são bombardeados por uma coalizão sob comando saudita.
Na Síria, Teerã, potência xiita do Oriente Médio, apoia firmemente o regime de Bashar al-Assad, controlado pelo clã saudita, um braço do Islã xiita.
O chanceler do Bahrein, Khaled bin Ahmed al Khalifa, cujo governo acusa o Irã de encorajar os protestos dos xiitas para terminar com o poder sunita, fez eco das declarações de Kerry.
"Sim, queremos que o Irã mude de política externa", disse o ministro do Bahrein, junto a Kerry.
Denúncia de ONG
Teerã defende que a Arábia Saudita e seus aliados no Golfo são os que provocam a instabilidade na região com os ataques aéreos no Iêmen e o apoio à oposição na Síria.
Todos os estados do Golfo, com exceção de Omã, participam da coalizão liderada por Riad que bombardeia os rebeldes no Iêmen desde março do ano passado. Segundo a ONU, neste período 6.300 pessoas morreram no país.
A ONG Human Rights Watch disse nesta quinta-feira que armamento fornecido pelos Estados Unidos foi utilizado pela coalizão no bombardeio contra um mercado no qual 97 civis morreram no mês passado.
Ao ser interrogado a respeito, Kerry disse que não tinha informação sólida sobre as armas utilizadas no Iêmen.
O Bahrein, uma monarquia sunita que governa uma população majoritariamente xiita, sofreu uma revolta popular em 2011, em sintonia com outros movimentos da Primavera Árabe.
Durante a visita, Kerry lamentou as divisões entre xiitas e sunitas no país.
"Aqui, como em todas as nações, pensamos que o respeito aos direitos humanos e um sistema político inclusivo são essenciais", declarou Kerry.
O secretário de Estado americano , John Kerry, pediu nesta quinta-feira ajuda ao Irã para colocar fim às guerras de Iêmen e Síria , onde Teerã e seus rivais árabes do Golfo apoiam diferentes lados.
Durante sua visita ao Bahrein, a primeira de um secretário de Estado americano desde 2010, Kerry defendeu o respeito aos direitos humanos no país, de maioria xiita, mas governado por uma monarquia sunita.
A visita de Kerry ocorre duas semanas antes de o presidente americano, Barack Obama, viajar a Riad para participar da cúpula do Conselho de Cooperação das seis nações do Golfo.
As monarquias sunitas têm receio dos Estados Unidos por sua recente aproximação com o Irã.
Kerry convocou Teerã a "nos ajudar a colocar fim à guerra no Iêmen (...) nos ajudar a colocar fim à guerra na Síria, e não intensificá-la, e nos ajudar a poder mudar a dinâmica desta região", declarou em uma coletiva de imprensa no Bahrein.
Em sua visita, antes de se reunir com seus colegas do Golfo, disse que Teerã deverá "demonstrar ao mundo que quer ser um membro construtivo da comunidade internacional, e contribuir para a paz e a estabilidade".
No Iêmen, o Irã apoia os rebeldes xiitas huthis, que tomaram numerosos territórios no país, entre eles a capital Sanaa, e há mais de um ano são bombardeados por uma coalizão sob comando saudita.
Na Síria, Teerã, potência xiita do Oriente Médio, apoia firmemente o regime de Bashar al-Assad, controlado pelo clã saudita, um braço do Islã xiita.
O chanceler do Bahrein, Khaled bin Ahmed al Khalifa, cujo governo acusa o Irã de encorajar os protestos dos xiitas para terminar com o poder sunita, fez eco das declarações de Kerry.
"Sim, queremos que o Irã mude de política externa", disse o ministro do Bahrein, junto a Kerry.
Denúncia de ONG
Teerã defende que a Arábia Saudita e seus aliados no Golfo são os que provocam a instabilidade na região com os ataques aéreos no Iêmen e o apoio à oposição na Síria.
Todos os estados do Golfo, com exceção de Omã, participam da coalizão liderada por Riad que bombardeia os rebeldes no Iêmen desde março do ano passado. Segundo a ONU, neste período 6.300 pessoas morreram no país.
A ONG Human Rights Watch disse nesta quinta-feira que armamento fornecido pelos Estados Unidos foi utilizado pela coalizão no bombardeio contra um mercado no qual 97 civis morreram no mês passado.
Ao ser interrogado a respeito, Kerry disse que não tinha informação sólida sobre as armas utilizadas no Iêmen.
O Bahrein, uma monarquia sunita que governa uma população majoritariamente xiita, sofreu uma revolta popular em 2011, em sintonia com outros movimentos da Primavera Árabe.
Durante a visita, Kerry lamentou as divisões entre xiitas e sunitas no país.
"Aqui, como em todas as nações, pensamos que o respeito aos direitos humanos e um sistema político inclusivo são essenciais", declarou Kerry.