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Kerry fala em progresso nas conversas com Irã

Chanceler alertou que as conversas continuarão difíceis nos próximos meses, apesar das novas ideias apresentadas

John Kerry fala à imprensa após uma reunião em Viena, na Áustria, nesta segunda-feira (Leonhard Foeger/Reuters)

John Kerry fala à imprensa após uma reunião em Viena, na Áustria, nesta segunda-feira (Leonhard Foeger/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 20h05.

Viena - O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou nesta segunda-feira que o Irã e seis potências mundiais fizeram progressos substanciais rumo a um acordo definitivo a respeito do programa nuclear iraniano, mas que as conversas continuarão difíceis nos próximos meses, apesar das novas ideias apresentadas.

"Se pudermos conseguir (um acordo) antes, queremos antes”, disse Kerry a repórteres.

“Estas conversas não ficarão mais fáceis só porque foram prolongadas. São duras. Têm sido duras. E vão continuar duras." Ele declarou que as potências não poderiam continuar conversando com o Irã para sempre sem avanços sérios, mas que não é hora de parar.

"Nestes últimos dias em Viena, fizemos progressos reais e substanciais, e vimos novas ideias virem à tona". Ele disse que ainda há "alguns pontos de discórdia significativos."

Kerry afirmou que não haverá uma suspensão adicional das sanções além do que já foi acertado nos termos do acordo interino assinado exatamente um ano atrás em Genebra, na Suíça.

Mais cedo, o secretário britânico das Relações Exteriores, Philip Hammond, disse a repórteres que o Irã irá continuar a receber parte dos 700 milhões de dólares mensais durante a prorrogação do prazo.

Kerry parecia estar antecipando críticas de legisladores norte-americanos em Washington, onde republicanos linha-dura se preparam para assumir a maioria das duas casas do Congresso.

Ele defendeu com ênfase a decisão do governo Obama de não abandonar as negociações, embora não se tenha obtido um acordo final.

“Seríamos tolos”, exclamou, elevando a voz, “de dar as costas a uma situação na qual o tempo necessário (para o Irã desenvolver uma arma nuclear) já foi ampliado, em vez de encurtado, e o mundo está mais seguro porque este programa foi implementado.”

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