Tropa de choque da polícia limpa a área em que apoiadores do presidente Mohamed Mursi mantinham um acampamento, na praça Rabaa Adawiya, no Cairo (Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2013 às 16h33.
Washington - Os Estados Unidos condenam fortemente a violência no Egito, pedem que o estado de emergência acabe o mais rápido possível e fazem um apelo a todas as partes pela busca de uma solução política, disse o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, nesta quarta-feira.
"Os eventos de hoje são deploráveis e vão contra as aspirações do Egito pela paz, inclusão e democracia genuína", afirmou Kerry a repórteres no Departamento de Estado.
"Os egípcios dentro e fora do governo precisam dar um passo atrás, eles precisam acalmar a situação e evitar mais perdas de vidas", acrescentou.
Forças de segurança do Egito acabaram nesta quarta-feira com um acampamento de milhares de manifestantes que defendem o presidente deposto Mohamed Mursi, matando muitas pessoas, no dia mais violento das últimas décadas no maior país árabe do mundo.
O Ministério da Saúde disse que 149 pessoas foram mortas, tanto no Cairo como em confrontos que se espalharam por outras cidades do país. A Irmandade Muçulmana, grupo ligado a Mursi, disse que o total de mortos era muito maior, no que descreveu como um "massacre".