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John Kerry acusa Putin de desestabilizar a Ucrânia

Os Estados Unidos acrescentaram que nem Moscou nem os rebeldes separatistas respeitam o cessar-fogo assinado com Kiev em meados de fevereiro

John Kerry: ele já havia acusado dirigentes russos, sem citá-los diretamente, de "mentir bem na nossa cara" (Yuri Gripas/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 20h31.

Os Estados Unidos acusaram o presidente russo, Vladimir Putin , de mentir e tentar desestabilizar a Ucrânia , acrescentando que nem Moscou nem os rebeldes separatistas respeitam o cessar-fogo assinado com Kiev em meados de fevereiro.

Putin adotou políticas que "violam todas as normas internacionais em relação a território e condutas de comportamento", disse o secretário de Estado americano, John Kerry , nesta quarta-feira, em audiência perante a Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Representantes.

"Em Lugansk, em Donetsk e, agora, em Debaltseve [leste da Ucrânia], ele possibilitou, encorajou e facilitou, diretamente, a tomada de territórios para tentar desestabilizar a Ucrânia", atacou.

"O respeito pelas fronteiras internacionais e por não se tomar um território à força (...) tem sido o padrão, pelo qual as nações têm tentado lutar e que foi estabelecido há muito tempo pela ONU. E o presidente Putin fez claramente uma série de escolhas que violou tudo isso", acrescentou Kerry.

"Até agora, nem a Rússia, nem as forças que ela apoia (...) respeitam seus compromissos" expressos no acordo de Minsk de 12 de fevereiro, insistiu Kerry.

"Exigimos a aplicação completa dos textos de Minsk, sobretudo, a retirada de todas as armas da Ucrânia, o restabelecimento total do controle por parte da Ucrânia da fronteira internacional [com a Rússia] e a libertação de todos os reféns", lembrou o chefe da diplomacia americana.

Ele renovou seus alertas de que "se o fracasso continuar, haverá outras consequências, consequências que vão colocar mais pressão sobre a enfraquecida economia da Rússia".

Na terça-feira, em outra audiência no Congresso, John Kerry acusou os dirigentes russos, sem citá-los diretamente, de "mentir bem na nossa cara", ao negarem qualquer envolvimento militar de Moscou no leste da Ucrânia.

Em entrevista à emissora de televisão americana PBS, na madrugada de hoje, a conselheira de Segurança Nacional, Susan Rice, também disse que Putin falta com a verdade, por exemplo, ao declarar que trabalha pela paz na Ucrânia.

"Tenho cara de idiota? Não. De verdade, não. Não podemos levar Vladimir Putin a sério, porque suas palavras são continuamente desmentidas por seus gestos, em especial, no contexto da Ucrânia", criticou.

Em relação ao endurecimento de sanções e a seus efeitos na economia russa, Rice afirmou: "é uma grande questão o quanto ele [Putin] se importa. Eu acho que ele se importa".

Há um ano, Washington apoia as autoridades pró-ocidentais de Kiev e denuncia que Moscou está militarmente presente no leste ucraniano, ao lado de rebeldes.

O governo russo continua a negar essas acusações.

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Putin adotou políticas que "violam todas as normas internacionais em relação a território e condutas de comportamento", disse o secretário de Estado americano, John Kerry , nesta quarta-feira, em audiência perante a Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Representantes.

"Em Lugansk, em Donetsk e, agora, em Debaltseve [leste da Ucrânia], ele possibilitou, encorajou e facilitou, diretamente, a tomada de territórios para tentar desestabilizar a Ucrânia", atacou.

"O respeito pelas fronteiras internacionais e por não se tomar um território à força (...) tem sido o padrão, pelo qual as nações têm tentado lutar e que foi estabelecido há muito tempo pela ONU. E o presidente Putin fez claramente uma série de escolhas que violou tudo isso", acrescentou Kerry.

"Até agora, nem a Rússia, nem as forças que ela apoia (...) respeitam seus compromissos" expressos no acordo de Minsk de 12 de fevereiro, insistiu Kerry.

"Exigimos a aplicação completa dos textos de Minsk, sobretudo, a retirada de todas as armas da Ucrânia, o restabelecimento total do controle por parte da Ucrânia da fronteira internacional [com a Rússia] e a libertação de todos os reféns", lembrou o chefe da diplomacia americana.

Ele renovou seus alertas de que "se o fracasso continuar, haverá outras consequências, consequências que vão colocar mais pressão sobre a enfraquecida economia da Rússia".

Na terça-feira, em outra audiência no Congresso, John Kerry acusou os dirigentes russos, sem citá-los diretamente, de "mentir bem na nossa cara", ao negarem qualquer envolvimento militar de Moscou no leste da Ucrânia.

Em entrevista à emissora de televisão americana PBS, na madrugada de hoje, a conselheira de Segurança Nacional, Susan Rice, também disse que Putin falta com a verdade, por exemplo, ao declarar que trabalha pela paz na Ucrânia.

"Tenho cara de idiota? Não. De verdade, não. Não podemos levar Vladimir Putin a sério, porque suas palavras são continuamente desmentidas por seus gestos, em especial, no contexto da Ucrânia", criticou.

Em relação ao endurecimento de sanções e a seus efeitos na economia russa, Rice afirmou: "é uma grande questão o quanto ele [Putin] se importa. Eu acho que ele se importa".

Há um ano, Washington apoia as autoridades pró-ocidentais de Kiev e denuncia que Moscou está militarmente presente no leste ucraniano, ao lado de rebeldes.

O governo russo continua a negar essas acusações.

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