Keiko Fujimori: desmentiu alegação de Marcelo Odebrecht de que teria recebido dinheiro dele (Mariana Bazo/Reuters)
EFE
Publicado em 3 de agosto de 2017 às 14h10.
Lima - A líder opositora Keiko Fujimori negou nesta quinta-feira ter recebido dinheiro da Odebrecht, assim como seu partido, o Força Popular, após serem publicadas no Brasil as declarações dos diretores da empreiteira a promotores peruanos.
"Incrível e inaceitável campanha de desprestígio com readaptação (notícias antigas) contra a minha pessoa e o Força Popular", escreveu Keiko em sua conta no Twitter.
Increíble e inaceptable campaña de desprestigio con re-refrito contra mi persona y Fuerza Popular. (1/3)
— Keiko Fujimori (@KeikoFujimori) August 3, 2017
"Eu não recebi dinheiro da Odebrecht e o Força Popular tampouco", acrescentou a ex-candidata presidencial em 2011 e 2016.
Yo no he recibido dinero de Odebrecht y Fuerza Popular tampoco. (2/3)
— Keiko Fujimori (@KeikoFujimori) August 3, 2017
Em depoimento em maio, o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, fez referência ao dinheiro que a Divisão de Operações Estruturadas entregou a Keiko.
O portal de notícias peruano "IDL Repórteres" divulgou em junho algumas anotações da Odebrecht nas quais se lia "aumentar Keiko para 500 e fazer uma visita".
No entanto, a filha do ex-presidente peruano acrescentou que "não existem contribuições na Onpe (Escritório Nacional de Processos Eleitorais), nem transferências, nem entregas" que possam sustentar o que foi dito por Marcelo Odebrecht.
No existen aportes en la Onpe, ni transferencias ni entregas. #QueNoTeConfundan (3/3)
— Keiko Fujimori (@KeikoFujimori) August 3, 2017
Há outros delatores vinculados direta ou indiretamente com os atos de corrupção no Peru, entre eles Luiz Mameri, Luis Alberto Weyll, Ricardo Boleiro e Rogério de Aráujo.
Marcelo Odebrecht confirmou que a empreiteira entregou dinheiro ao ex-presidente peruano Ollanta Humala para a campanha eleitoral de 2011, quando derrotou justamente Keiko Fujimori.
Nas próximas horas um tribunal deve decidir se revoga ou não a ordem de prisão preventiva contra Humala e sua esposa, Nadine Heredia, investigados por lavagem de dinheiro por conta da denúncia de terem recebido US$ 3 milhões da Odebrecht.