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Kate não viverá pesadelo de Diana, diz biógrafo de Lady Di

O escritor acredita que hoje quase não há perigo de que Kate sinta a mesma frieza dos membros da família real dedicada a Diana

Kate Middleton: em breve, a mulher mais comentada da mídia (Getty Images)

Kate Middleton: em breve, a mulher mais comentada da mídia (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2011 às 23h02.

Londres - Kate Middleton não passará pelas mesmas dificuldades que a princesa Diana teve quando se tornar oficialmente na sexta-feira um membro de uma família real que mudou muito nos últimos 30 anos, afirma Andrew Morton, o biógrafo que revelou o pesadelo vivido pela chamada "princesa do povo".

Em seu livro "Diana, sua verdadeira história", publicado em 1992 e escrito, segundo revelou posteriormente, a partir de gravações feitas pela princesa, Morton mostrou a magnitude do fracasso do casamento com o príncipe Charles, herdeiro do trono.

Mas o escritor acredita que hoje quase não há perigo de que Kate sinta a mesma frieza dos membros da família real dedicada a Diana, à medida que sua relação com Charles desmoronava.

"Kate é muito mais velha, tem a mesma idade do príncipe William - ela tem 29 anos, ele 28 -, é mais madura e tem o respaldo de sua família e de seus amigos; algo crucial, porque o palácio pode te tragar", disse Morton.

Mais importante ainda, recordou Morton em uma entrevista à AFP em Londres, "Kate está se casando com alguém que a deseja".

"Quando Diana percorria a nave até o altar na catedral de São Paulo, procurava uma mulher com chapéu e abrigo cinza: Camila Parker-Bowles", declarou.

"Esperava que uma vez que chegasse ao fim do percurso de três minutos e meio pela nave, a relação tivesse terminado. Ficou demonstrado que estava totalmente equivocada".

Charles se casou com Camila em 2005, oito anos após a morte de Diana ao lado do namorado Dodi al-Fayed em um acidente de carro em Paris, e 35 anos depois de ter conhecido aquela que sempre foi o amor de sua vida.

O herdeiro do trono é claramente mais presunçoso e tradicional que William - Diana o chamou de "Sir" até o dia do casamento, em 1981 -, mas Morton acredita que Charles é uma exceção na atual Casa Real.


"O mundo evoluiu e a família real até certo ponto também. Até a rainha está no Facebook. A antiga geração literalmente morreu", destacou.

"A nova geração, o príncipe Edward, o príncipe Andrew, a princesa Anne, Zara Phillips, são os que vêm. Por isto, acredito que para Kate vai ser muito mais fácil nesta geração".

Em seu novo livro, "William e Katherine, suas vidas, seu casamento", que ele completará com o casamento, o autor mostra otimismo com o novo casal.

"Kate tem uma personalidade que emergirá gradualmente", disse Morton, que supostamente entrevistou amigos de colégio e universidade da jovem, apesar da discrição demonstrada até o momento por seu entorno.

"É uma pessoa estável, bastante conformista, com um verdadeiro senso de humor, mas prevejo que verão uma faceta mais criativa dela com os anos", acrescentou.

"Aplicaram a etiqueta de 'Waity Katy', a que espera que o príncipe encantado venha e entregue o anel. Mas Kate é muito mais", completou.

"Mas deve demonstrar sua coragem, além de usar um vestido bonito. Na idade dela, Diana se ocupava dos doentes com Aids, visitava hospitais, fazia várias coisas".

Mas antes de tudo, lembra Morton, está a maternidade: "Se não engravidar nos próximos nove meses, desafiará 200 anos de tradição real".

Na sexta-feira, Morton estará no Palácio de Buckingham para assistir o novo casal real na sacada, mas do lado de fora.

"Por alguma razão estranha, meu convite se perdeu no correio", diz, com um sorriso malicioso.

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