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Kamala Harris será candidata? Veja as 3 questões que vão definir isso

Vice-presidente foi indicada por Biden, mas ainda depende de aval do partido para enfrentar Trump nas urnas

Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, durante discurso em janeiro de 2022 (Jim Watson/AFP)
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 22 de julho de 2024 às 11h06.

Chicago - Com a desistência do presidenteJoe Biden, a grande questão das eleições nos EUA passa a ser se Kamala Harris conseguirá confirmar a candidatura democrata ou se outro nome ganhará força.

Para entender o que vai acontecer no Partido Democrata, vale ficar de olho em três pontos, aponta Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington. Veja a seguir:

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1. Quem confirmará seu nome até 7 de agosto?

Esta é a data-limite para que os candidatos à presidente sejam incluídos na lista de opções para os delegados democratas votarem durante a convenção, que começa em 19 de agosto.

"Se não houver outros candidatos confirmados até lá, Kamala está indicada como candidata à presidente", explica Moura.

2. Quem conseguirá captar recursos?

Nas eleições americanas, os candidatos precisam arrecadar doações por conta própria para custear gastos de campanha. Kamala recebeu mais de US$ 90 milhões que restaram da campanha de Biden, e captou mais US$ 50 milhões nas primeiras horas após a desistência do presidente.

Isso coloca pressão extra em seus rivais no partido, que terão de disputar doações com ela.

"Se um candidato não tiver captação de recursos, não tem condição de enfrentar uma campanha presidencial. Mesmo o caso do Michael Bloomberg, em 2020, tinha muito recurso e não conseguiu. O fato é que sem recurso é impossível", diz Moura.

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3. Quanto o Biden vai se dedicar à candidatura de Kamala?

"A dúvida é se ele vai se dedicar de fato à campanha dela", diz Moura. Biden endossou Kamala por postagens em redes sociais, mas ainda não falou publicamente desde a decisão de sair da disputa eleitoral.

Há também dúvidas sobbre o quanto a campanha de Kamala ressaltará o legado de Biden, se colocando como continuidade, ou se vai preferir se afastar da figura do presidente e apresentá-la como uma novidade.

Moura fez a análise durante o 20º episódio da série O Caminho para a Casa Branca. Assista abaixo:

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