Kamala Harris afirma que guerra em Gaza deve acabar após morte do líder do Hamas
Harris ressaltou que a morte de Yahya Sinwar oferece uma oportunidade de paz
Agência de Notícias
Publicado em 17 de outubro de 2024 às 16h50.
A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, declarou nesta quinta-feira, 17, que “o mundo é um lugar melhor” após a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, em uma operação israelense, e destacou que a guerra em Gaza pode agora terminar.
“Hoje Israel confirmou que Yahya Sinwar, o líder do Hamas, está morto. A justiça foi feita. Os Estados Unidos, Israel e o resto do mundo são um lugar melhor”, disse ela a jornalistas em Wisconsin.
A vice-presidente destacou que Sinwar foi o “mentor” do ataque do Hamas em Israel, em 7 de outubro de 2023, no qual morreram mais de 1,2 mil pessoas, e afirmou que tinha “ sangue americano em suas mãos”.
De acordo com Kamala Harris, o pessoal de inteligência e de operações especiais dos EUA trabalhou em estreita colaboração com seus homólogos israelenses para localizar o líder do grupo islâmico palestino.
Fim da guerra em Gaza
Após a morte de Sinwar, afirmou a vice-presidente, o Hamas está “dizimado” e isso abre uma “oportunidade para acabar com a guerra em Gaza”.
O fim do conflito, disse ela, tem que incluir garantias de segurança para Israel, a libertação dos reféns detidos pelo Hamas e o fim do “ sofrimento ” do povo palestino em Gaza.
“Não desistiremos destes objetivos e trabalharei sempre para criar um futuro de paz, dignidade e segurança para todos”, declarou a também candidata democrata.
Confirmação da morte de Sinwar
Por volta das 16h (horário local, 10h de Brasília), as Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram que estavam investigando se um dos três milicianos mortos em operações em Gaza era Sinwar, mas disse que não poderia confirmar até ter os resultados das impressões digitais, dentários e de DNA, todos já positivos.
De acordo com as limitadas informações reveladas até o momento, a morte de Sinwar ocorreu ontem em um encontro casual entre tropas israelenses e membros do Hamas em Rafah, a sul do enclave palestino, mas não se baseou em informações de inteligência. Segundo as FDI, não encontraram ninguém sequestrado com ele, nem suas vidas correram perigo.
Especulações sobre reféns
A imprensa israelense especula que Sinwar teria permanecido escondido com reféns israelenses nos túneis da Faixa até o final de agosto, quando o Hamas assassinou seis pessoas sequestradas em Rafah, um dia antes das tropas israelenses se aproximarem deles.