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Kadafi retira forças de Benghazi e ataca Misrata, diz Reino Unido

Ministro da Defesa britânico explicou que informações vêm das forças rebeldes no país

Rebeldes na Líbia: coalizão teve sucesso na exclusão aérea de Benghazi (AFP)

Rebeldes na Líbia: coalizão teve sucesso na exclusão aérea de Benghazi (AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 12h12.

Londres - O Governo britânico manifestou nesta segunda-feira que o líder líbio, Muammar Kadafi, está retirando suas Forças de Benghazi, no leste da Líbia, e aumentando os ataques em outras localidades como Misrata, cidade litorânea a 210 quilômetros de Trípoli.

Assim afirmou nesta segunda-feira o porta-voz do Ministério da Defesa, o general John Lorimer, em uma declaração para avaliar o andamento dos primeiros dias da operação militar internacional na Líbia.

Lorimer explicou que a fonte da informação são as Forças opositoras, que asseguraram que tropas pró Kadafi bombardearam Misrata com tanques e artilharia durante o fim de semana "causando dúzias de feridos e danos aos sistemas de fornecimento de água e energia elétrica da cidade".

"Os combates (em Misrata) continuaram no dia 20 de março, com informações que as Forças pró-Kadafi tinham entrado na cidade com tanques", acrescentou o porta-voz militar.

Quanto a Benghazi, cidade líbia sede do Governo provisório, Lorimer disse que os ataques aéreos de aviões dos Estados Unidos, o Reino Unido e França para aplicar a zona de exclusão aérea "tiveram sucesso no momento de deter os ataques de artilharia".

"O ocorrido nas últimas horas prova que o coronel Kadafi não está cumprindo seu compromisso de cessar-fogo", destacou Lorimer, que reiterou as palavras do primeiro-ministro, David Cameron, no sentido que "Kadafi será julgado por suas ações".

"Nossa conclusão é que está descumprindo suas obrigações, por isso que seguiremos aplicando a resolução (1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas)", acrescentou o militar britânico.

Lorimer informou que no ataque aliado na noite do domingo um submarino britânico da classe Trafalgar disparou vários mísseis Tomahawk, cujo alvo era "o sistema de comando central das Forças militares líbias, incluindo a defesa antiaérea".

Londres enviou também vários caças Tornado, que abortaram sua missão após constatar que havia civis próximos do alvo.

"Isto demonstra claramente que tomamos todas as medidas necessárias para evitar atingir civis inocentes", disse o porta-voz de Defesa, que afirmou não ter provas que os ataques aliados tenham matado civis, como assegura o Governo líbio.

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