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Justiça reabre caso de homem há 44 anos no corredor da morte

Um tribunal do Japão vai considerar novas provas sobre o assassinato múltiplo do qual é acusado

Foto de arquivo de Iwao Hakamada: ele foi condenado por esfaquear até a morte em 1966 o dono da pequena fábrica de missô  (REUTERS/Kyodo)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2014 às 06h34.

Tóquio - Um tribunal do Japão decidiu reabrir nesta quinta-feira o caso de Iwao Hakamada, o homem que está há mais tempo em um corredor da morte no mundo todo - 44 anos - ao considerar novas provas sobre o assassinato múltiplo do qual é acusado.

O Tribunal do distrito de Shizuoka, no centro do país, anunciou que analisará os últimos exames de DNA apresentados pela defesa de Hakamada que, segundo os advogados, podem demonstrar que o acusado é inocente do crime cometido em 1966, informou a agência "Kyodo".

Hakamada, um ex-boxeador que sofre de doença mental, foi condenado à morte em 1968, sentença que está temporariamente suspensa com a decisão de hoje.

O tribunal que o julgou considerou provado que Hakamda esfaqueou até a morte em 1966 o dono da pequena fábrica de missô onde trabalhava, assim como a mulher do mesmo e seus dois filhos.

A casa da família assassinada foi incendiada depois.

No entanto, ele sempre se declarou inocente do crime e, segundo denúncias de organizações humanitárias, a investigação do caso foi cercada por várias irregularidades.

Hakamada garantiu que foi coagido pela polícia a assinar uma declaração reconhecendo sua autoria do assassinato.

A Suprema Corte do Japão confirmou sua sentença de morte em 1980, apesar de suas alegações.


Hakamada apresentou seu primeiro recurso reivindicando um novo julgamento em 1980, que foi rejeitado pela máxima instância judicial em 2008, e mais tarde interpôs um segundo recurso através de seus familiares.

O último recurso se baseia nos resultados de exames de DNA, que indicam que as amostras de sangue recolhidas das roupas do assassino não correspondiam com o de Hakamada, segundo a defesa.

O presidente do tribunal competente, Hiroaki Murayama, aceitou esse argumento e afirmou hoje que as amostras de roupa "não eram do acusado", abrindo assim a possibilidade de que houve manipulação das provas.

O juiz acrescentou que é "injusto" manter o acusado sob detenção, por considerar que "a possibilidade de sua inocência foi esclarecida até um grau considerável", em declarações divulgadas pela "Kyodo".

Trata-se da sexta vez em que um tribunal japonês decide reabrir o caso de um condenado à morte desde 1949, e dos outros cinco acusados, quatro foram absolvidos.

Após a decisão de hoje do Tribunal de Shizuoka, a realização de um novo julgamento pode ser adiada de forma indefinida porque a promotoria deverá recorrer, pois já anunciou que considera os exames de DNA "pouco confiáveis".

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Tóquio - Um tribunal do Japão decidiu reabrir nesta quinta-feira o caso de Iwao Hakamada, o homem que está há mais tempo em um corredor da morte no mundo todo - 44 anos - ao considerar novas provas sobre o assassinato múltiplo do qual é acusado.

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Hakamada, um ex-boxeador que sofre de doença mental, foi condenado à morte em 1968, sentença que está temporariamente suspensa com a decisão de hoje.

O tribunal que o julgou considerou provado que Hakamda esfaqueou até a morte em 1966 o dono da pequena fábrica de missô onde trabalhava, assim como a mulher do mesmo e seus dois filhos.

A casa da família assassinada foi incendiada depois.

No entanto, ele sempre se declarou inocente do crime e, segundo denúncias de organizações humanitárias, a investigação do caso foi cercada por várias irregularidades.

Hakamada garantiu que foi coagido pela polícia a assinar uma declaração reconhecendo sua autoria do assassinato.

A Suprema Corte do Japão confirmou sua sentença de morte em 1980, apesar de suas alegações.


Hakamada apresentou seu primeiro recurso reivindicando um novo julgamento em 1980, que foi rejeitado pela máxima instância judicial em 2008, e mais tarde interpôs um segundo recurso através de seus familiares.

O último recurso se baseia nos resultados de exames de DNA, que indicam que as amostras de sangue recolhidas das roupas do assassino não correspondiam com o de Hakamada, segundo a defesa.

O presidente do tribunal competente, Hiroaki Murayama, aceitou esse argumento e afirmou hoje que as amostras de roupa "não eram do acusado", abrindo assim a possibilidade de que houve manipulação das provas.

O juiz acrescentou que é "injusto" manter o acusado sob detenção, por considerar que "a possibilidade de sua inocência foi esclarecida até um grau considerável", em declarações divulgadas pela "Kyodo".

Trata-se da sexta vez em que um tribunal japonês decide reabrir o caso de um condenado à morte desde 1949, e dos outros cinco acusados, quatro foram absolvidos.

Após a decisão de hoje do Tribunal de Shizuoka, a realização de um novo julgamento pode ser adiada de forma indefinida porque a promotoria deverá recorrer, pois já anunciou que considera os exames de DNA "pouco confiáveis".

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