Justiça francesa reconhece pela primeira vez o sexo "neutro"
Uma pessoa considerada homem desde que nasceu, mas sem genitais definidos, obteve um registro em seus documentos de sexo neutro
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2015 às 15h24.
Paris - Uma pessoa considerada homem desde o nascimento, mas que não possui genitais masculinos claramente definidos, obteve pela primeira vez na França um registro em seus documentos oficiais de sexo neutro, informaram nesta quarta-feira os meios de comunicação do país.
O litigante, segundo o jornal "20 minutes", conseguiu em 20 de agosto que o Tribunal de Grande Instância de Tours, no norte do país, aprovasse uma mudança em sua certidão de nascimento.
"O sexo que foi atribuído a ele aparece como uma pura ficção (...) imposta durante toda sua vida. Não se trata de reconhecer a existência de um 'terceiro sexo', mas de constatar a impossibilidade de classificar o interessado em tal ou qual sexo", indica o magistrado em sua sentença.
Essa pessoa, de 64 anos de idade, nasceu segundo seu médico com "uma vagina rudimentar", "um micropênis", mas sem testículos.
A pessoa em questão relatou ao jornal que começou a ser consciente de suas diferenças na adolescência.
"Me dei conta de que não era um menino. Não tinha barba, meus músculos não se desenvolviam. Ao mesmo tempo, era impossível acreditar que ia me transformar em uma mulher. Bastava me olhar no espelho para saber".
Essa pessoa, casada e com um filho adotado, quis permanecer no anonimato, mas assegura que com esta vitória judicial, que vai ser recorrida pela Promotoria, sente que "pela primeira vez" a sociedade o reconhece como é.
Paris - Uma pessoa considerada homem desde o nascimento, mas que não possui genitais masculinos claramente definidos, obteve pela primeira vez na França um registro em seus documentos oficiais de sexo neutro, informaram nesta quarta-feira os meios de comunicação do país.
O litigante, segundo o jornal "20 minutes", conseguiu em 20 de agosto que o Tribunal de Grande Instância de Tours, no norte do país, aprovasse uma mudança em sua certidão de nascimento.
"O sexo que foi atribuído a ele aparece como uma pura ficção (...) imposta durante toda sua vida. Não se trata de reconhecer a existência de um 'terceiro sexo', mas de constatar a impossibilidade de classificar o interessado em tal ou qual sexo", indica o magistrado em sua sentença.
Essa pessoa, de 64 anos de idade, nasceu segundo seu médico com "uma vagina rudimentar", "um micropênis", mas sem testículos.
A pessoa em questão relatou ao jornal que começou a ser consciente de suas diferenças na adolescência.
"Me dei conta de que não era um menino. Não tinha barba, meus músculos não se desenvolviam. Ao mesmo tempo, era impossível acreditar que ia me transformar em uma mulher. Bastava me olhar no espelho para saber".
Essa pessoa, casada e com um filho adotado, quis permanecer no anonimato, mas assegura que com esta vitória judicial, que vai ser recorrida pela Promotoria, sente que "pela primeira vez" a sociedade o reconhece como é.