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Justiça espanhola rejeita extradição de Puigdemont só por desvio de fundos

Outra pedido de extradição à Espanha do líder catalão por rebelião já havia sido rejeitado pela Audiência Territorial de Schleswig-Holstein

O líder catalão não pode retornar à Espanha, onde seria detido imediatamente, por até pelo menos 20 anos (Francois Lenoir/Reuters)

O líder catalão não pode retornar à Espanha, onde seria detido imediatamente, por até pelo menos 20 anos (Francois Lenoir/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de julho de 2018 às 11h48.

Madri - O Tribunal Supremo espanhol (TS) retirou nesta quinta-feira o euro-mandato contra o ex-presidente independentista catalão Carles Puigdemont ao rejeitar sua extradição à Espanha somente pelo crime de desvio de fundos públicos - e não por rebelião -, como tinha decidido a Audiência Territorial de Schleswig-Holstein (Alemanha).

A ordem europeia de detenção e entrega ditada pelo juiz espanhol Pablo Llarena reivindicava Puigdemont também pelo crime de rebelião em relação ao processo independentista da Catalunha de 2017.

Isto significa que o ex-governante catalão, que permanece na Alemanha em liberdade provisória, não poderia retornar à Espanha, onde seria detido imediatamente, por até pelo menos 20 anos, tempo que demora para prescrever o crime de rebelião.

Procedente da Finlândia, Puigdemont foi detido em 25 de março pela polícia alemã quando tentava retornar de automóvel à Bélgica, país ao qual fugiu no final de outubro do ano passado para escapar da ação da Justiça espanhola.

No último dia 12 de junho, a Audiência Territorial de Schleswig-Holstein, estado alemão onde Puigdemont foi detido, resolveu extraditá-lo à Espanha por ter cometido supostamente um crime de desvio de fundos públicos por organizar um referendo de "autodeterminação" no dia 1º de outubro de 2017.

No entanto, o tribunal alemão explicou que não aconteceu o grau de violência "suficiente" para considerar o crime de rebelião.

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