Apoiadores do ex-presidente Mohamed Mursi gritam palavras de ordem em protesto contra golpe militar (Spencer Platt/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2013 às 14h18.
A justiça do Egito deu início neste sábado aos interrogatórios de diversas autoridades da Irmandade Muçulmana, acusadas de "incitação à morte" de manifestantes, informou a agência oficial Mena.
A agência explicou que a justiça interrogou neste sábado Mehdi Akef, ex-Guia Supremo da confraria; Khairat al-Chater, atual número dois que foi preso nesta madrugada; Saad al-Katatni, líder do Partido da Liberdade e da Justiça, vitrine política da Irmandade Muçulmana; e Rached Bayoumi, adjunto do Guia.
Katatni e Bayoumi passaram dois dias na prisão antes de serem libertados na noite de sexta-feira, depois que o Ministério Público confirmou "o local de residência dos dois homens", disse a agência.
Os interrogatórios acontecem três dias após o golpe militar que derrubou na noite de quarta-feira o presidente Mohamed Mursi, que também é membro da Irmandade.
Os líderes da confraria devem responder por "incitação à morte" de nove manifestantes e pela tentativa de incitação à morte de diversos outros que participaram de um ataque no último domingo contra a sede da Irmandade Muçulmana em Mokattam, na periferia do Cairo.
Katatni e Bayoumi ainda são acusados de "incitação à morte" de manifestantes hostis à confraria durante confrontos nos arredores da Universidade do Cairo.
Após o golpe do exército, a justiça emitiu 300 mandados de prisão contra membros da Irmandade Muçulmana e prendeu seus principais dirigentes. O ex-presidente Mursi continua detido pelo exército.