Mundo

Justiça determina acareação entre Strauss-Kahn e jornalista

O ex-diretor do FMI diz que está disposto a confrontar a jornalista francesa Tristane Banon, que o acusa de tentativa de estupro

Tristane Banon considera que na acareação seria mais difícil para Strauss-Kahn negar o ocorrido
 (AFP / Fred Dufour)

Tristane Banon considera que na acareação seria mais difícil para Strauss-Kahn negar o ocorrido (AFP / Fred Dufour)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2011 às 08h40.

Paris - A Justiça francesa determinou nesta sexta-feira a realização de uma acareação entre o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn e a jornalista e escritora Tristane Banon, que o acusou de tentativa de estupro.

A decisão do Tribunal de Paris acontece um dia depois de Tristane solicitar a acareação, ao considerar que nesta situação seria mais difícil para o político negar o ocorrido.

A confirmação da acareação foi dada após os advogados de Strauss-Kahn terem dito à imprensa francesa que seu cliente está disposto a confrontar a jornalista.

O ex-diretor-gerente do FMI processou Tristane pela acusação do suposto estupro, que teria acontecido em 2003 e só foi revelado em maio, quando Strauss-Kahn se envolveu em outro escândalo sexual em Nova York.

Tristane reiterou em entrevista à rádio "RTL" que recebeu depoimentos de outras mulheres que também foram vítimas de Strauss-Kahn, mas que pediram anonimato.

A jornalista contou no início da semana ao Le Parisien que recebeu os testemunhos por e-mail e que mesmo tendo incentivado as mulheres a denunciar o político, entendeu que algumas não cedessem, visto que ela mesma demorou oito anos para fazê-lo.

Uma pesquisa publicada nesta sexta-feira revela que a maioria dos franceses não acredita que Strauss-Kahn foi vítima de um "complô", em referência à outra acusação de assédio sexual contra ele nos EUA, feita pela camareira do Sofitel de Nova York.

As acusações foram minimizadas pelo próprio político em entrevista a um canal de televisão francês no domingo, quando disse que o que aconteceu no hotel em 14 de maio foi uma "falta de moral" e que poderia ter caído em uma "armadilha".

Acompanhe tudo sobre:abuso-sexualCrimeEconomistasEscândalosFMIFraudesStrauss-Kahn

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua