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Júri declara ex-policial Derek Chauvin culpado pela morte de George Floyd

Todas as atenções estão voltadas para Minneapolis após o anúncio do veredicto

 (Mike Segar/Reuters)

(Mike Segar/Reuters)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 20 de abril de 2021 às 18h10.

Última atualização em 20 de abril de 2021 às 18h29.

O júri chegou a um veredicto no julgamento de assassinato do ex-policial de Minneapolis Derek Chauvin, acusado de matar George Floyd. A decisão apontou que o réu, Derek Chauvin, foi considerado culpado por homicídio de terceiro grau.

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Chauvin foi considerado culpado em todas as três acusações de homicídio contra o ex-segurança negro: homicídio culposo; negligência ao assumir o risco consciente de causar a morte de Floyd e causar a morte, sem intenção, através de um ato perigoso, sem consideração pela vida humana.

A sentença ainda será anunciada. A pena máxima para o homicídio culposo é de até 10 anos, enquanto a pena para homicídio de segundo grau é de até 40 anos, e a pena máxima para assassinato em terceiro grau é de até 25 anos.

O Julgamento

O júri de 12 pessoas - seis brancos, quatro negros e dois multirraciais - ouviu quase seis horas de argumentos finais na segunda-feira quando a acusação e a defesa encerraram o caso exatamente como começaram há três semanas: apresentando visões muito diferentes das circunstâncias que levaram a morte de Floyd no Memorial Day em uma rua de Minneapolis.

Após 14 dias de depoimentos de especialistas em policiamento, médicos, membros do Departamento de Polícia de Minneapolis e pessoas que presenciaram a morte de Floyd, os advogados fizeram seus argumentos finais, instando os jurados a usarem o bom senso quando o caso foi colocado em suas mãos.

A acusação argumentou que Chauvin tirou a vida de Floyd, em maio do ano passado, ao ajoelhar sobre o pescoço do homem negro de 46 anos por 9 minutos e meio. A defesa afirmava que o agora ex-policial agiu de maneira razoável e que um problema cardíaco e o uso de drogas ilegais levaram à morte de Floyd.

Chauvin, 45, foi acusado de homicídio em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio culposo em segundo grau. O ex-policial pode pegar 12 anos e meio ou 150 meses de prisão, de acordo com as diretrizes de sentença para o réu primário. A acusação argumenta, no entanto, que existem fatores agravantes que exigem uma pena de prisão mais longa. De acordo com a agência Associated Press, ele poderia pegar até 40 anos de prisão.

Mais cedo, o presidente americano Joe Biden disse que havia falado com a família de Floyd na segunda-feira. "Só posso imaginar a pressão e a ansiedade que eles estão sentindo", declarou."Eles são uma boa família e estão clamando por paz e tranquilidade, não importa qual seja o veredicto", disse Biden. "Estou rezando para que o veredicto seja o veredicto certo. Acho que será esmagador, na minha opinião."

Tensão

Todas as atenções estão voltadas para Minneapolis após o anúncio do veredicto. A morte de Floyd desencadeou semanas de agitação civil nos Estados Unidos e levou milhões às ruas em todo o mundo em protestos por justiça social.

O governador de Minnesota, Tim Walz, pediu calma na segunda-feira, quando o júri deu início às deliberações. Ele declarou uma "emergência em tempo de paz" para permitir que a polícia de Estados vizinhos seja chamada, se necessário, juntando-se a mais de 3 mil soldados e aviadores da Guarda Nacional que foram destacados para ajudar a polícia local.

Protesto em Minneapolis após assassinato de homem coloca fogo na cidade

FOTO DE ARQUIVO: Protesto em Minneapolis após assassinato de George Floyd em maio de 2020. (Adam Bettcher/Reuters)

"Os recursos locais e estaduais foram totalmente utilizados, mas são insuficientes para enfrentar a ameaça", disse Walz em uma ordem executiva.

As escolas passarão para o ensino remoto no final desta semana, e as empresas foram fechadas por causa da potencial repercussão do veredicto.

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