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Juncker propõe sistema para controlar quem entra na UE

O presidente da Comissão Europeia ressaltou a necessidade de ressaltar a cooperação entre os países-membros do bloco em matéria de segurança


	Refugiados: "Cada vez que alguém entre ou saia da UE, haverá um registro de quando, onde e por que"
 (Gettyimages)

Refugiados: "Cada vez que alguém entre ou saia da UE, haverá um registro de quando, onde e por que" (Gettyimages)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2016 às 10h10.

Estrasbourgo - O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciou nesta quarta-feira que irá propor a criação de um sistema de informação para identificar as pessoas que tenham previsto viajar para a União Europeia (UE), uma medida que faz parte da luta contra o terrorismo.

Juncker fez o anúncio durante o discurso sobre o Estado da União, na qual ressaltou a necessidade de ressaltar a cooperação entre os países-membros do bloco em matéria de segurança.

"Cada vez que alguém entre ou saia da UE, haverá um registro de quando, onde e por que. O instrumento ajudará a determinar quem foi permitido a viajar para a Europa e fornecer dados das pessoas que devem se deslocar à UE antes mesmo de chegarem", disse Jucker.

O presidente da Comissão Europeia ressaltou que o bloco necessita dessas informações e lembrou a ocorrência de vários casos nos últimos meses que revelaram que os serviços de inteligência de um país tinham dados sobre autores de atentados que nunca foram repassadas às autoridades de outros governos, que poderiam ter tomado medidas para evitar tragédias.

Por outro lado, indicou que a segurança das fronteiras também é um dos fatores que justificam a prioridade à troca de informações sobre inteligência. Com esse objetivo, a Comissão Europeia quer reforçar a Europol para fornecer ao órgão melhor acesso às bases de dados já existentes e mais recursos para combater os problemas.

Como exemplo de melhoria, Juncker citou a existência uma unidade antiterrorismo na Europol que conta com 60 funcionários, mas não pode operar de maneira ininterrupta.

No contexto da luta contra o terrorismo, o presidente da Comissão Europeia lembrou os últimos avanços em dificultar as viagens aos combatentes estrangeiros, o controle sobre as armas de fogo, o combate ao terrorismo e à propaganda jihadista na internet.

"Mas precisamos fazer mais. Precisamos saber quem cruza nossas fronteiras", reiterou Juncker, expressando o desejo de contar com pelo menos mais 200 agentes na Agência Europeia de Controle das Fronteiras Exteriores (Frontex), que hoje tem 600 homens.

Juncker falou também da gestão da imigração e, nesse contexto, mencionou o lançamento de um "ambicioso plano de investimento para a África e os países vizinhos", com o potencial de mobilizar 44 milhões de euros em investimentos, valor que pode dobrar se os estados-membros da UE apoiarem a ideia financeiramente.

"Isso complementará nossa ajuda ao desenvolvimento e auxiliará na resolução de uma das causas da imigração", indicou. 

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