Mundo

Julgamento de Hosni Mubarak é adiado para 17 de agosto

Hosni Mubarak é acusado da morte de manifestantes na revolução de 2011 que o desbancou do poder e de casos de corrupção


	O ex-presidente Hosni Mubarak, na Academia de Polícia do Cairo
 (Maher Iskandar/AFP)

O ex-presidente Hosni Mubarak, na Academia de Polícia do Cairo (Maher Iskandar/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2013 às 11h05.

Cairo- O juiz Mahmoud al Rashidi adiou neste sábado para o dia 17 de agosto o julgamento do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, acusado da morte de manifestantes na revolução de 2011 que o desbancou do poder e de casos de corrupção.

Al Rashidi, presidente do Tribunal Penal do Cairo, ouviu as alegações da defesa dos acusados, entre os quais estão o ex-ministro de Interior egípcio Habib al Adli e seis de seus auxiliares, supostamente envolvidos no assassinato de manifestantes.

O ex-mandatário apareceu sentado em uma maca e com bom aspecto junto a seus filhos Gamal e Alaa, que com o empresário foragido Hussein Salem também afrontam acusações de corrupção e enriquecimento ilícito.

O magistrado pediu à promotoria que elabore um relatório sobre o tempo que Al Adli passou em prisão preventiva. A defesa do ex-ministro pediu sua libertação por considerar que foi superado o período máximo estipulado por lei.

Um advogado de Al Adli negou que seu cliente ordenou que atirassem nos manifestantes e argumentou que a partir de 28 de janeiro de 2011, três dias depois da explosão da revolução, as Forças Armadas assumiram a segurança do país.

A defesa também solicitou que seja designado um juiz que investigue os supostos responsáveis pela morte de oficiais e policiais durante a revolta, que culminou com a saída de Mubarak em 11 de fevereiro de 2012.

O magistrado disse que a causa contém 81 expedientes, cada um deles composto de cerca de mil fólios, e que as provas estão armazenadas em um local seguro.

Além disso, Al Rashidi deu como prazo até a próxima quinta-feira para que os advogados da defesa possam consultar o sumário e as novas evidências que apresentadas neste sábado pela promotoria.

Uma equipe do Ministério Público disse ter terminado de preparar um registro com os nomes de todos os manifestantes mortos e feridos durante a revolução.

A nova sessão do julgamento de Mubarak aconteceu sob forte esquema de segurança e em um ambiente tranquilo, enquanto o Egito centra sua atenção na crise política marcada pelo recente golpe militar que destituiu da Presidência o islamita Mohammed Mursi.

Às portas do tribunal, na Academia Policial situada nos arredores do Cairo, se colocaram um número pequeno de familiares e a imprensa para acompanhar o processo.

O reatamento do julgamento foi ordenado em janeiro deste ano por um tribunal de apelação, que aceitou os recursos das partes e anulou a prisão perpétua a que haviam sido condenados Mubarak e Al Adli. EFE

aj/dr

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoHosni MubarakPolíticos

Mais de Mundo

Torre Eiffel é evacuada devido a incêndio e curto-circuito em sistema de elevadores; veja vídeo

Novas autoridades sírias anunciam acordo para dissolução dos grupos armados

Porto de Xangai atinge marca histórica de 50 milhões de TEUs movimentados em 2024

American Airlines retoma voos nos EUA após paralisação nacional causada por problema técnico