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Juiz liberta Keiko Fujimori da prisão durante investigação sobre Odebrecht

O juiz do caso disse que não há base legal para prender Keiko e 19 outras pessoas antes do julgamento de caso relacionado à construtora

Keiko Fujimori: a filha do ex-líder do Peru Alberto Fujimori chamou sua prisão de perseguição política (Mariana Bazo/Reuters)

Keiko Fujimori: a filha do ex-líder do Peru Alberto Fujimori chamou sua prisão de perseguição política (Mariana Bazo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de outubro de 2018 às 13h15.

LIMA  - Um juiz peruano libertou da prisão, na noite de quarta-feira, a líder de oposição conservadora Keiko Fujimori, que ficou presa durante a última semana aguardando julgamento em investigação sobre lavagem de dinheiro relacionada a Odebrecht.

O juiz Cesar Sahuanay disse que não há base legal para prender Keiko e 19 outras pessoas antes do julgamento de caso relacionado à construtora.

Keiko, filha do ex-líder do Peru Alberto Fujimori, chamou sua prisão de perseguição política, negou a acusação dos procuradores de que seria a chefe de um grupo criminoso dentro de seu partido e que apresenta risco de fuga.

"Eu nunca vou fugir do país", disse Keiko, lembrando o tribunal que ela permaneceu no Peru quando seu pai fugiu para o Japão no final de seu governo, que durou de 1990 a 2000. "Eu não deixei o Peru em 2000. Eu estava aqui como sempre com minha cabeça erguida. Eu nunca obstruí a Justiça."

Duas vezes candidata à Presidência do Peru, Keiko Fujimori liderou o movimento político de seu pai depois que ele foi preso em 2007 por crimes de direitos humanos. Agora, ela comanda o mais poderoso partido de oposição do país.

Entretanto, Keiko tem visto sua popularidade despencar em meio a uma ampla repressão a políticos como consequência do escândalo da Odebrecht. Procuradores acusaram Keiko de liderar um grupo criminoso que recebeu 1,2 milhão de dólares em fundos ilícitos da Odebrecht para sua campanha presidencial de 2011.

Keiko nega ter recebido dinheiro da Odebrecht.

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