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Juiz de Miami nega liberdade a ex-presidente do Panamá

Acusado de corrupção e de espionar adversários políticos no Panamá, Ricardo Martinelli permanecerá detido em confinamento solitário

Ricardo Martinelli: o ex-presidente nega ter violado a lei e diz que o caso é uma perseguição política (Denis Balibouse/Reuters)

Ricardo Martinelli: o ex-presidente nega ter violado a lei e diz que o caso é uma perseguição política (Denis Balibouse/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de junho de 2017 às 19h51.

Miami - Um magistrado federal de Miami determinou nesta terça-feira que o ex-presidente do Panamá Ricardo Martinelli permaneça detido em confinamento solitário, após informar-lhe que foi preso por causa de uma ordem de extradição emitida por seu país.

"O pedido de liberdade sob fiança será negado neste momento", afirmou o juiz Edwin Torres ao finalizar uma breve audiência judicial em um tribunal federal do centro de Miami.

Foi a primeira audiência judicial de Martinelli após sua prisão na tarde de segunda-feira nas proximidades de sua casa da cidade vizinha de Coral Gables. O ex-presidente é acusado de corrupção e de espionar adversários políticos no Panamá.

O advogado do ex-presidente, Marcos Jiménez, disse que o cliente não estava bem de saúde e que, em lugar de seguir isolado, preferia ser transferido junto dos demais detentos.

Torres concordou em dar-lhe assistência médica, mas disse que ele deveria seguir isolado até a próxima audiência da condicional, em 20 de junho.

Martinelli foi presidente entre 2009 e 2014. Ele nega ter violado a lei e diz que o caso é uma perseguição política de seu sucessor.

Em fevereiro, promotores no Panamá informaram que pediram ajuda internacional para deter dois dos filhos do ex-presidente em relação a uma suposta associação ilícita para lavagem de dinheiro de subornos da construtora brasileira Odebrecht.

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