Juiz de caso que envolve Lagarde é acusado de fraude
Lagarde depôs na semana passada perante a Justiça em Paris por sua gestão, quando era ministra de Finanças na Franç
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2013 às 16h28.
Paris - Um juiz que participou na arbitragem do empresário Bernard Tapie que provocou o interrogatório da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde , foi acusado de fraude nesta quarta-feira pela Justiça francesa.
Trata-se de Pierre Estoup, um dos três árbitros que decidiu conceder a Tapie uma indenização de 403 milhões de euros e a quem agora a Justiça acusa de um suposto delito de fraude.
A informação foi confirmada pelo procurador de Paris, François Molins, em comunicado no qual lembrou que o magistrado e os outros dois membros de um tribunal de arbitragem estavam sendo investigados também pelo crime de desvio de fundos públicos.
Lagarde depôs na semana passada perante a Justiça em Paris exatamente por sua gestão, quando era ministra de Finanças na França, do litígio relacionado à indenização que o governo pagou a Tapie.
A diretora do FMI evitou a acusação neste caso e só mereceu a consideração de "testemunha assistida".
Lagarde decidiu em 2007 que um tribunal arbitral privado resolvesse um litígio de vários anos entre o Estado francês e Tapie.
A investigação sobre Lagarde pretendia elucidar se a ministra optou pelo mecanismo de arbitragem e renunciou a recorrer aos tribunais comuns contra os interesses públicos para favorecer o controvertido empresário.
Esse procedimento se traduziu, em 2008, na indenização de 403 milhões de euros que o Estado francês teve que pagar a Tapie, depois que os magistrados estimaram que o então banco naturalizado Crédit Lyonnais não atuou de forma leal com o empresário após o empréstimo que lhe concedeu para comprar a marca Adidas.
Na semana passada Lagarde apresentou aos juízes diversos documentos que supostamente provavam que diversos gabinetes de advogados de negócios lhe tinham aconselhado a optar pela arbitragem, embora seus técnicos no Ministério fossem contrários.
A atual diretora do FMI sempre sustentou que não recebeu pressões do governo para optar pela arbitragem, que lhe parecia o melhor mecanismo para resolver um litígio que se arrastava desde meados dos anos 1990. EFE
Paris - Um juiz que participou na arbitragem do empresário Bernard Tapie que provocou o interrogatório da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde , foi acusado de fraude nesta quarta-feira pela Justiça francesa.
Trata-se de Pierre Estoup, um dos três árbitros que decidiu conceder a Tapie uma indenização de 403 milhões de euros e a quem agora a Justiça acusa de um suposto delito de fraude.
A informação foi confirmada pelo procurador de Paris, François Molins, em comunicado no qual lembrou que o magistrado e os outros dois membros de um tribunal de arbitragem estavam sendo investigados também pelo crime de desvio de fundos públicos.
Lagarde depôs na semana passada perante a Justiça em Paris exatamente por sua gestão, quando era ministra de Finanças na França, do litígio relacionado à indenização que o governo pagou a Tapie.
A diretora do FMI evitou a acusação neste caso e só mereceu a consideração de "testemunha assistida".
Lagarde decidiu em 2007 que um tribunal arbitral privado resolvesse um litígio de vários anos entre o Estado francês e Tapie.
A investigação sobre Lagarde pretendia elucidar se a ministra optou pelo mecanismo de arbitragem e renunciou a recorrer aos tribunais comuns contra os interesses públicos para favorecer o controvertido empresário.
Esse procedimento se traduziu, em 2008, na indenização de 403 milhões de euros que o Estado francês teve que pagar a Tapie, depois que os magistrados estimaram que o então banco naturalizado Crédit Lyonnais não atuou de forma leal com o empresário após o empréstimo que lhe concedeu para comprar a marca Adidas.
Na semana passada Lagarde apresentou aos juízes diversos documentos que supostamente provavam que diversos gabinetes de advogados de negócios lhe tinham aconselhado a optar pela arbitragem, embora seus técnicos no Ministério fossem contrários.
A atual diretora do FMI sempre sustentou que não recebeu pressões do governo para optar pela arbitragem, que lhe parecia o melhor mecanismo para resolver um litígio que se arrastava desde meados dos anos 1990. EFE