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Judia de 85 anos que escapou do holocausto é assassinada na França

A polícia francesa prendeu dois homens e investiga morte como crime antissemita

Morte: Macron manifestou sua "emoção perante o crime horrível cometido contra a senhora Knoll" (Clotaire Achi/Reuters)

Morte: Macron manifestou sua "emoção perante o crime horrível cometido contra a senhora Knoll" (Clotaire Achi/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de março de 2018 às 09h58.

Última atualização em 27 de março de 2018 às 10h00.

Paris - Dois homens foram acusados de um crime antissemita e presos em uma investigação aberta após as autoridades encontrarem em 23 de março o corpo, parcialmente calcinado, de uma idosa judia de 85 anos em seu apartamento de Paris, indicaram nesta terça-feira fontes judiciais.

Os dois suspeitos foram acusados de homicídio voluntário motivado por "filiação real ou suposta da vítima a uma religião", assim como por roubo agravado, revelou a emissora "France Info".

O corpo sem vida de Mireille Knoll foi achado na sexta-feira no apartamento do distrito XI de Paris onde vivia sozinha. O corpo tinha sinais de esfaqueamento.

Esta mulher era uma sobrevivente das perseguições nazistas na França durante a Segunda Guerra Mundial. Tinha se salvado por pouco da conhecida operação "Rusga do Velódromo de Inverno de Paris" realizada pela polícia francesa para o serviço nazista em julho de 1942, porque conseguiu fugir com sua mãe.

Em uma reação ao avanço da investigação, o presidente francês, Emmanuel Macron manifestou sua "emoção perante o crime horrível cometido contra a senhora Knoll" e reafirmou a "determinação absoluta para lutar contra o antissemitismo", em mensagem divulgada em sua conta do Twitter.

Em comunicado, o ministro de Interior, Gérard Collomb, elogiou "a extrema rapidez" com a qual os suspeitos foram identificados e detidos, e garantiu que "serão mobilizados todos os meios necessários para esclarecer os motivos deste ato de barbárie que lembra as horas mais escuras da nossa história".

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