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Jornalista iraniano é morto na Síria

Maya Nasser foi morto no duplo atentado à sede do Estado-Maior sírio


	Repórter iraniano Maya Nasser: desde o início da revolta, 10 jornalistas foram mortos na Síria
 (AFP)

Repórter iraniano Maya Nasser: desde o início da revolta, 10 jornalistas foram mortos na Síria (AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2012 às 13h42.

Teerã - Um jornalista da emissora de língua inglesa iraniana Press TV foi morto por um atirador e seu chefe ficou ferido nesta quarta-feira durante combates perto do edifício do Estado-Maior sírio em Damasco, anunciou o canal.

"O correspondente da Press TV, Maya Nasser, foi morto com um tiro de um franco-atirador na capital síria", indicou a Press TV em seu site.

O libanês Hussein Mortada, que dirige o escritório da Press TV e do canal Al-Alam em Damasco, ficou ferido com um tiro nas costas, segundo esta fonte.

Os dois homens foram alvejados quando tentavam fazer uma reportagem perto da sede do Estado-Maior sírio, que foi alvo de duas explosões esta manhã.

Maya Nasser, um jornalista sírio de 33 anos, morreu no local atingido por um disparo na nuca, indicou à AFP Hamid Reza Emadi, diretor de informação do canal.

"Ele estava ao vivo quando a linha foi cortada. Alguns minutos depois, ficamos sabendo do tiroteio e que ele tinha sido morto", declarou.

"Nós culpamos Turquia, Arábia Saudita e Qatar pela morte de nosso correspondente em Damasco, (porque) eles fornecem armas aos insurgentes na Síria e esses insurgentes recorrem a franco-atiradores (...) para fazer reinar uma atmosfera de terror", acrescentou.

"Nós condenamos a morte de jornalistas no campo de batalha, e é claro a de Maya Nasser", ressaltou Emadi, que lamentou a dificuldade para proteger seus repórteres.

Os dois canais, Press TV e Al-Alam, são financiados pelo governo iraniano, que é aliado do regime de Bashar al-Assad em sua guerra contra a rebelião.

Segundo o último relatório da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), dez jornalistas profissionais e 21 "cidadãos-jornalistas" foram mortos na Síria desde o início da revolta, em março de 2011.

Devido às restrições impostas aos jornalistas profissionais pelas autoridades sírias, muitos veículos de comunicação utilizam informações fornecidas por cidadãos-jornalistas e militantes para acompanhar a situação no terreno.

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