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Corpo de jornalista foi desmembrado e dissolvido, diz assessor turco

"Eles não se conformaram em desmembrá-lo, eles se livraram do corpo dissolvendo-o", disse o assessor turco

Jamal Khashoggi: jornalista foi assassinado em 2 de outubro no consulado da Arábia Saudita (Osman Orsal/Reuters)

Jamal Khashoggi: jornalista foi assassinado em 2 de outubro no consulado da Arábia Saudita (Osman Orsal/Reuters)

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AFP

Publicado em 2 de novembro de 2018 às 09h06.

Última atualização em 2 de novembro de 2018 às 09h38.

O corpo do jornalista saudita Jamal Khashoggi, assassinado em 2 de outubro no consulado de seu país em Istambul, foi desmembrado para ser "dissolvido" com mais facilidade, afirmou Yasin Aktay, assessor da presidência turca, em entrevista ao jornal Hürriyet.

"Eles não se conformaram em desmembrá-lo, eles se livraram do corpo dissolvendo-o ", disse Yasin Aktay, assessor do presidente turco Recep Tayyip Erdogan.

"Segundo as últimas informações que temos, a razão pela qual desmembraram o corpo foi para dissolvê-lo mais facilmente", completou.

O jornalista Jamal Khashoggi, que era colaborador do jornal Washington Post, foi assassinado em 2 de outubro no consulado da Arábia Saudita em Istambul, onde compareceu para obter uma certidão necessária para seu casamento.

Depois de afirmar em um primeiro momento que Khashoggi havia deixado o consulado pouco depois de entrar no local, Riad anunciou que ele morreu durante uma briga, antes de finalmente reconhecer que o ato foi uma "operação não autorizada" pelo regime saudita.

A Procuradoria de Istambul afirmou em um comunicado publicado na quarta-feira que a vítima foi esquartejada e os executores se livraram do corpo.

Uma fonte do governo turco afirmou ao jornal Washington Post que as autoridades examinam a hipótese de dissolução do corpo com ácido no consulado ou na residência do cônsul.

"Queriam assegurar que não ficaria nenhum rastro do corpo", disse Aktay, que tinha boas relações com Khashoggi.

"Todos os locais para os quais nos levam as câmeras de segurança foram examinados e não encontramos o cadáver".

"Matar uma pessoa inocente é um crime. O que fizeram com o corpo é outro crime e uma vergonha", completou.

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