Mundo

Japão visa acordo de livre comércio com China

Para não ficar para trás na onda de liberalização comercial, Tóquio quer iniciar negociações "assim que possivel"

Japão é cada vez mais dependente da China e outros vizinhos asiáticos para estimular sua economia (Kazuhiro Nogi/AFP)

Japão é cada vez mais dependente da China e outros vizinhos asiáticos para estimular sua economia (Kazuhiro Nogi/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2012 às 11h39.

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, prometeu neste sábado acelerar os esforços para formar um acordo de livre comércio com a China e a Coreia do Sul, um ambicioso pacto que criará uma zona de comércio integrado para competir com o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês) e a União Europeia (UE).

Enquanto o Japão aumenta sua dependência da China e de outros vizinhos asiáticos para estimular a própria economia, Tóquio tenta evitar ficar para trás da onda de liberalização comercial na região. O governo japonês quer iniciar as negociações oficiais para um pacto trilateral, conhecido como FTA, "assim que possível", e pedirá que as outras duas nações se juntem a ele, contou Noda em uma entrevista ao jornal The Wall Street Journal.

"Estamos buscando uma cooperação econômica de alto nível, como parte da nossa estratégia nacional", disse o premiê. "O FTA é um parte extremamente importante dela." Noda salientou os benefícios econômicos óbvios da entrada em um novo pacto comercial com a China, que substituiu os Estados Unidos como o maior mercado de exportação para o Japão, em 2009. "A China é simplesmente um enorme mercado", afirmou.

O primeiro-ministro japonês falou com o jornal pouco antes de embarcar em um voo com destino a Pequim, onde participaria de uma cúpula entre as três maiores potências econômicas do Norte da Ásia. Os três líderes - o premiê chinês, Wen Jiabao, o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak e Noda - devem declarar o compromisso com o pacto de livre comércio e anunciar planos de iniciar negociações formais antes do fim do ano. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaComércioComércio exteriorJapãoPaíses ricos

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua