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Japão tem esperança de reativar sua sonda lunar

O Japão se tornou no sábado, 20, o quinto país a conseguir um pouso bem-sucedido na Lua.

Sonda: após 20 minutos de descida, a JAXA disse que seu módulo pousou na superfície da Lua e conseguiu estabelecer comunicação (AFP/AFP Photo)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 22 de janeiro de 2024 às 12h45.

Última atualização em 22 de janeiro de 2024 às 12h48.

A agência espacial japonesa desligou a alimentação elétrica de sua sonda SLIM, menos de três horas depois de seu pouso histórico, com o objetivo de poupar suas baterias, na esperança de restaurar suas funções.

Existe uma "possibilidade" de que o módulo de pouso lunar Smart Lander for Investigating Moon (SLIM), que teve um problema com seus painéis solares, possa ser reativado, disse a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, 22.

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"Segundo os dados telemétricos, as células solares da SLIM estão orientadas para o oeste. Se, no futuro, a luz solar chegar à Lua pelo oeste, acreditamos que seja possível produzir energia e, no momento, estamos nos preparando para seu restabelecimento", declarou a agência.

"Conseguimos completar a transmissão de dados técnicos e imagens adquiridas durante a descida e na superfície lunar antes do corte de energia", disse a JAXA na rede social X, acrescentando que se recebeu um "grande volume de dados".

O Japão se tornou no sábado, 20, o quinto país a conseguir um pouso bem-sucedido na Lua.

Após 20 minutos de descida, a JAXA disse que seu módulo pousou na superfície da Lua e conseguiu estabelecer comunicação.

Os painéis solares pararam de funcionar, porém, o que significa que sua sonda, apelidada de "Moon Sniper" ("franco-atirador lunar" em tradução literal) por sua tecnologia de precisão, terá bateria apenas por "algumas horas", disse Hitoshi Kuninaka, da agência JAXA.

Os responsáveis pela missão priorizaram a coleta de dados enquanto fosse possível, embora Kuninaka tenha sugerido que as baterias poderão voltar a funcionar assim que o ângulo da luz solar mudar.

SLIM é uma das muitas novas missões lunares que países e empresas privadas lançaram 50 anos depois de Neil Armstrong pisar na superfície do satélite da Terra.

"Sucesso"

A JAXA espera poder analisar os dados obtidos durante o pouso na Lua, o que ajudará a determinar se a sonda cumpriu seu objetivo de se colocar em um raio de 100 metros do local previsto.

A SLIM deveria pousar em uma cratera, na qual se acredita ser possível acessar o manto da Lua, a camada abaixo da crosta que normalmente é encontrada em grande profundidade.

As duas sondas foram implantadas com sucesso, disse a JAXA. Uma está equipada com um transmissor, e outro foi projetada para rodar pela superfície lunar e enviar as imagens de volta à Terra.

Este pequeno veículo espacial, um pouco maior do que uma bola de tênis, foi desenvolvido em conjunto com a empresa que criou os brinquedos Transformer.

Embora a precisão do pouso precise ser verificada, "acho que a missão é um grande sucesso", disse Jonathan McDowell, astrônomo do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian.

As duas missões anteriores do Japão, uma pública e outra privada, fracassaram.

Em 2022, o país insular enviou a sonda lunar Omotenashi, sem sucesso, como parte da missão americana Artemis 1. Em abril, a "startup" ispace tentou se tornar a primeira empresa privada a chegar à Lua, mas perdeu a comunicação com sua nave após um "pouso forçado".

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