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Japão sugere reunião para melhorar relações com a China

As relações entre os dois países está abaladas há vários meses pela disputa territorial das ilhas Senkaku/Diaoyu


	O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, discursa no parlamento, em Tóquio: a proposta de uma reunião representa uma abertura ao diálogo por parte de Abe
 (Kazuhiro Nogi/AFP)

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, discursa no parlamento, em Tóquio: a proposta de uma reunião representa uma abertura ao diálogo por parte de Abe (Kazuhiro Nogi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 11h18.

Tóquio - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, propôs nesta terça-feira uma reunião para melhorar as relações com a China, abaladas há vários meses pela disputa territorial das ilhas Senkaku/Diaoyu.

"Devemos retomar as relações com a China, começando por uma reunião entre os dois países", declarou o chefe de Governo conservador.

O Japão enfrenta uma grave crise diplomática com o vizinho desde setembro.

O aumento da tensão aconteceu depois da compra parcial pelo Estado nipônico junto a um proprietário privado de parte das Senkaku, um pequeno arquipélago desabitado no mar da China oriental que Pequim reivindica sob o nome de Diaoyu.

Pequim envia regularmente barcos, e nos últimos meses aviões, aos arredores das Senkaku, desde a nacionalização em setembro de três das cinco ilhas por parte de Tóquio. As incursões provocam a revolta do Japão.

A proposta de uma reunião representa uma abertura ao diálogo por parte de Abe, considerado um radical no campo diplomático e que afirmou, em várias ocasiões, que a questão de Senkaku não se apresentava e que a soberania do Japão sobre o arquipélago "não era negociável".

A ideia da reunião com Pequim foi anunciada após o retorno de Abe de uma viagem pelo sudeste da Ásia, na qual buscou o apoio destas nações na disputa territorial e tentou reafirmar, ao mesmo tempo, a força do Japão na região.

O problema das Senkaku afeta o comércio entre os dois países, concretamente as montadoras japonesas implantadas no mercado chinês.

O turismo bilateral também foi abalado pela disputa, que envolve o sentimento de orgulho nacional nos dois países.

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