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Japão solicita alerta da Interpol para esposa de Ghosn

Ex-chefe da Nissan fugiu do Japão para o Líbano e é acusado de ocultação de ganhos na empresa

Caso 'Nissan': Carlos Ghosn e sua esposa, Carole (John Rasimus/Getty Images)

Caso 'Nissan': Carlos Ghosn e sua esposa, Carole (John Rasimus/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 11 de janeiro de 2020 às 15h24.

(Reuters) - As autoridades japonesas pediram à Organização Internacional de Polícia Criminal (ICPO) um alerta de busca da Interpol para a mulher do ex-chefe da Nissan Carlos Ghosn, informou a mídia local neste sábado.

Se o alerta for emitido para a esposa de Ghosn, Carole, as chances de viagem do casal para fora do Líbano podem ficar restritas, disse o jornal Mainichi. A Interpol já emitiu um mandado de prisão para Ghosn.

O pedido do Japão foi feito na quinta-feira, de acordo com o Mainichi e outros veículos de mídia japoneses, citando fontes não identificadas.

Autoridades do Ministério da Justiça do Japão não estavam imediatamente disponíveis para comentar.

Os promotores japoneses emitiram na terça-feira um mandado de prisão contra a mulher de Ghosn por suposto perjúrio, conforme as autoridades intensificam os esforços para levar o ex-executivo da indústria automobilística, que nasceu no Brasil, de volta a julgamento por acusações de má conduta financeira.

Ghosn, ex-presidente da Nissan e Renault, fugiu do Japão para o Líbano, onde ele passou a infância, no mês passado, enquanto aguardava julgamento por acusações de ocultação de ganhos, quebra de confiança e apropriação indébita de recursos da empresa, o que ele nega.

Sua fuga dramática aumentou as tensões entre o Japão e o Líbano, onde Ghosn concedeu entrevista coletiva de duas horas na quarta-feira, levando a ministra da Justiça japonesa a lançar uma resposta pública rara e contundente.

O Líbano, que não tem acordo de extradição com o Japão, pode suspender a proibição de viagens a Carlos Ghosn se os arquivos referentes ao seu caso não chegarem do Japão dentro de 40 dias, afirmou o ministro da Justiça, Albert Serhan, em comunicado na sexta-feira.

(Reportagem de Yuka Obayashi)

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