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Japão retoma exportações de arroz produzido em Fukushima

A Federação de Cooperativas Agrícolas japonesas conseguiu provar às autoridades de Cingapura que o arroz da cidade é seguro


	Usina de Fukushima: vazamento nuclear cancelou exportações de mais de 100 toneladas de arroz anualmente
 (Koji Sasahara/AFP)

Usina de Fukushima: vazamento nuclear cancelou exportações de mais de 100 toneladas de arroz anualmente (Koji Sasahara/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 07h03.

Tóquio - O Japão retomará esta semana suas vendas a Cingapura de arroz produzido na região de Fukushima, o que representa a primeira exportação deste cereal cultivado na cidade japonesa desde a catástrofe nuclear, informou nesta quinta-feira a rede NHK.

O Japão se viu obrigado a suspender suas exportações de arroz procedente em Fukushima depois que o terremoto e o tsunami de março de 2011 danificaram a central localizada nesta região, devido à preocupação dos países destinatários sobre a possibilidade que os cereais estivessem contaminados por substâncias radioativas.

Isto representou o cancelamento de vendas ao exterior que superavam as 100 toneladas anuais e cujos destinos principais eram países vizinhos como Hong Kong, Taiwan e Cingapura.

No entanto, o governo japonês decidiu autorizar a distribuição de arroz e de outros produtos da região de Fukushima no mercado nacional após submetê-los a estritos controles de segurança.

A Federação de Cooperativas Agrícolas japonesas conseguiu agora convencer as autoridades de Cingapura sobre a segurança do arroz da cidade, e está negociando com outros países que poderiam aceitar em breve retomar suas importações, segundo a emissora japonesa.

A primeira remessa de arroz de Fukushima com destino a Cingapura constará de 300 quilos e será "rigorosamente analisada" para garantir que não está contaminada com materiais radioativos, segundo disseram fontes do citado organismo à "NHK".

Os agricultores da cidade japonesa já retomaram previamente as exportações de outros produtos como pêssegos e maçãs, e acreditam em estender suas vendas de arroz a "mais países asiáticos e em datas próximas", segundo as mesmas fontes. 

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