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Japão intervém no câmbio e BC afrouxa política

Movimento do banco central japonês foi feito para conter a alta do iene

Com os juros perto de zero, o BC tem usado o tamanho das compras de ativos como principal ferramenta de política monetária (Mark Thompson/Getty Images)

Com os juros perto de zero, o BC tem usado o tamanho das compras de ativos como principal ferramenta de política monetária (Mark Thompson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 20h32.

Tóquio - O Japão vendeu 1 trilhão de ienes (12,6 bilhões de dólares) e o banco central afrouxou a política monetária, em um movimento para conter a alta da moeda.

A intervenção puxou o iene para além de 79,90 ienes contra o dólar, mínima em três semanas, ante 77,10 antes.

O ministro das Finanças japonês, Yoshihiko Noda, disse que o Japão consultou outros países, mas interveio por conta própria para conter oscilações cambiais que, segundo ele, são especulativas e desordenadas.

Horas depois, o banco central do país aumentou em 5 trilhões de ienes, para 15 trilhões, a quantia de ativos que pretende comprar sob um programa estabelecido em outubro de 2010 para aumentar a confiança do mercado na economia.

Analistas duvidavam, porém, que as medidas sejam capazes de reduzir a aversão ao dólar e aos investimentos de maior risco se Tóquio continuar agindo sozinho.

Operadores disseram que o Japão vendera mais de um trilhão de ienes até agora nesta quinta-feira, um dia depois que a Suíça surpreendeu os mercados ao cortar a taxa básica de juros para tentar enfraquecer o franco suíço.

Os investidores têm considerado o franco suíço e o iene como refúgios seguros entre as moedas do G10 contra a crise de dívida europeia e a desaceleração econômica nos Estados Unidos.

Analistas disseram que a redução do juro básico na Suíça pode ter incitado o Japão a intervir mesmo com o iene abaixo de 76,25 por dólar, a máxima recorde alcançada pouco após o terremoto de março.

O Banco do Japão deixou a taxa básica de juros estável, entre zero e 0,1 por cento.

Com os juros perto de zero, o BC tem usado o tamanho das compras de ativos como principal ferramenta de política monetária.

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