Japão espera resolver crise nuclear em até 9 meses
Segundo a Tokyo Electric Power Company, a tragédia na usina de Fukushima deve ser controlada dentro desse período
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2011 às 10h44.
Tóquio - A companhia elétrica japonesa Tokyo Electric Power Company (Tepco) estabeleceu neste domingo o prazo de nove meses para o fim da crise nuclear do Japão, até que a tragédia no complexo atômico de Fukushima esteja totalmente controlada, com o sistema de resfriamento ativados nos reatores e sem vazamento de materiais radioativos.
Após pressões, críticas e alarme generalizado, a empresa que administra a usina de Fukushima apresentou neste domingo um plano para o fim da crise que prevê três meses como o tempo necessário para fornecer refrigeração estável às unidades danificadas, e entre seis e nove meses o período para apagar o combustível nuclear.
Isso significa que, no verão japonês (inverno no Brasil), a quantidade de radiação emitida pela usina teria se reduzido de forma constante e que, até o final do ano, o vazamento de materiais radioativos já estaria controlado.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, considerou este plano da gerente da usina de Fukushima como um "pequeno passo para frente", enquanto a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que se encontra de visita em Tóquio, disse que analistas dos Estados Unidos vão analisá-lo.
A Agência para a Segurança Nuclear do Japão fará também um acompanhamento do cronograma da Tepco, que prevê cobrir os edifícios dos três reatores antes dos próximos nove meses.
Nos primeiros três meses, a empresa tentará conter o vazamento radioativo do reator 2 - onde se acredita que houve uma fusão parcial de barras de combustível nuclear -, além de construir novos sistemas de refrigeração perante os edifícios das unidades 1 e 3.
Entre seis e nove meses, o objetivo é deixar esses três reatores danificados em temperaturas refrigeradas, inferiores a 95 graus centígrados, ou seja, sem risco de fusão do núcleo.
Dessa forma, a central de Fukushima deveria parar de emitir substâncias radioativas à atmosfera, razão pela qual este acidente foi equiparado em gravidade com o de Chernobyl em 1986.
O sistema de refrigeração dos reatores 1, 2 e 3 da usina nuclear de Fukushima não funciona desde o devastador terremoto do dia 11 de março, que atingiu o nordeste do Japão, enquanto o reservatório de combustível da unidade 4 também sofre graves danos.
Além do tsunami que afetou a usina com ondas de até 13 metros de altura, a situação dessas quatro unidades se viu agravada por três explosões de hidrogênio nos dias 12, 14 e 15 de março, quando também houve um incêndio na unidade 4.
Desde então, bombas elétricas injetam água para resfriar os reatores a um ritmo de seis a sete metros cúbicos por hora, o fez com que grandes quantidades de água radioativa vazassem em direção a várias áreas dos edifícios de turbinas.
Por isso, a Tepco espera ter pronto até o verão local um novo sistema de refrigeração que permitirá resfriar os reatores, escoar a água contaminada e voltar a jogá-la sobre as unidades danificadas.
A situação de Fukushima, que provocou alerta mundial, foi classificada neste domingo de "crise multidimensional, com um alcance sem precedentes" por Hillary Clinton, que durante uma curta visita a Tóquio prometeu o "firme" apoio dos Estados Unidos à reconstrução do Japão, um dos grandes aliados americanos na Ásia.
Os presidentes executivo e honorário da Tepco - que fornece energia elétrica a grande parte da região metropolitana de Tóquio - admitiram neste domingo que poderiam renunciar a seus cargos.
Após conhecer o plano de pôr fim à maior crise do Japão desde a Segunda Guerra Mundial, o Governo de Naoto Kan afirmou que, uma vez controlada a usina de Fukushima, será revisado o perímetro de segurança em torno da central.
As autoridades japonesas pretendem ampliar neste mês as zonas de evacuação a meia dezena de cidades situadas além do atual raio de exclusão de 20 quilômetros, após detectarem elevados níveis de radioatividade.
Tóquio - A companhia elétrica japonesa Tokyo Electric Power Company (Tepco) estabeleceu neste domingo o prazo de nove meses para o fim da crise nuclear do Japão, até que a tragédia no complexo atômico de Fukushima esteja totalmente controlada, com o sistema de resfriamento ativados nos reatores e sem vazamento de materiais radioativos.
Após pressões, críticas e alarme generalizado, a empresa que administra a usina de Fukushima apresentou neste domingo um plano para o fim da crise que prevê três meses como o tempo necessário para fornecer refrigeração estável às unidades danificadas, e entre seis e nove meses o período para apagar o combustível nuclear.
Isso significa que, no verão japonês (inverno no Brasil), a quantidade de radiação emitida pela usina teria se reduzido de forma constante e que, até o final do ano, o vazamento de materiais radioativos já estaria controlado.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, considerou este plano da gerente da usina de Fukushima como um "pequeno passo para frente", enquanto a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que se encontra de visita em Tóquio, disse que analistas dos Estados Unidos vão analisá-lo.
A Agência para a Segurança Nuclear do Japão fará também um acompanhamento do cronograma da Tepco, que prevê cobrir os edifícios dos três reatores antes dos próximos nove meses.
Nos primeiros três meses, a empresa tentará conter o vazamento radioativo do reator 2 - onde se acredita que houve uma fusão parcial de barras de combustível nuclear -, além de construir novos sistemas de refrigeração perante os edifícios das unidades 1 e 3.
Entre seis e nove meses, o objetivo é deixar esses três reatores danificados em temperaturas refrigeradas, inferiores a 95 graus centígrados, ou seja, sem risco de fusão do núcleo.
Dessa forma, a central de Fukushima deveria parar de emitir substâncias radioativas à atmosfera, razão pela qual este acidente foi equiparado em gravidade com o de Chernobyl em 1986.
O sistema de refrigeração dos reatores 1, 2 e 3 da usina nuclear de Fukushima não funciona desde o devastador terremoto do dia 11 de março, que atingiu o nordeste do Japão, enquanto o reservatório de combustível da unidade 4 também sofre graves danos.
Além do tsunami que afetou a usina com ondas de até 13 metros de altura, a situação dessas quatro unidades se viu agravada por três explosões de hidrogênio nos dias 12, 14 e 15 de março, quando também houve um incêndio na unidade 4.
Desde então, bombas elétricas injetam água para resfriar os reatores a um ritmo de seis a sete metros cúbicos por hora, o fez com que grandes quantidades de água radioativa vazassem em direção a várias áreas dos edifícios de turbinas.
Por isso, a Tepco espera ter pronto até o verão local um novo sistema de refrigeração que permitirá resfriar os reatores, escoar a água contaminada e voltar a jogá-la sobre as unidades danificadas.
A situação de Fukushima, que provocou alerta mundial, foi classificada neste domingo de "crise multidimensional, com um alcance sem precedentes" por Hillary Clinton, que durante uma curta visita a Tóquio prometeu o "firme" apoio dos Estados Unidos à reconstrução do Japão, um dos grandes aliados americanos na Ásia.
Os presidentes executivo e honorário da Tepco - que fornece energia elétrica a grande parte da região metropolitana de Tóquio - admitiram neste domingo que poderiam renunciar a seus cargos.
Após conhecer o plano de pôr fim à maior crise do Japão desde a Segunda Guerra Mundial, o Governo de Naoto Kan afirmou que, uma vez controlada a usina de Fukushima, será revisado o perímetro de segurança em torno da central.
As autoridades japonesas pretendem ampliar neste mês as zonas de evacuação a meia dezena de cidades situadas além do atual raio de exclusão de 20 quilômetros, após detectarem elevados níveis de radioatividade.