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Japão e EUA defendem colaboração para evitar o ataque a Guam

Em conversa telefônica, líderes concordaram que "o mais importante é evitar que a Coreia do Norte siga adiante com o lançamento"

Shinzo Abe: governante japonês afirmou que ele e Trump coincidiram que a coordenação entre EUA, Japão e Coreia do Sul é essencial (Kim Kyung-hoon/Reuters)
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EFE

Publicado em 15 de agosto de 2017 às 09h31.

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, coincidiram nesta terça-feira na importância de colaboração com a comunidade internacional para evitar que a Coreia do Norte bombardeie com mísseis os arredores da ilha de Guam.

Os dois líderes mantiveram uma conversa telefônica na qual concordaram que "o mais importante é evitar que a Coreia do Norte siga adiante com o lançamento", de acordo com declarações de Abe a meios de comunicação japoneses.

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Não obstante, a imprensa norte-coreana noticiou hoje que líder Kim Jong-un decidiu "observar um pouco mais" a conduta dos Estados Unidos antes de empreender a ofensiva contra Guam, o que supõe uma diminuição do tom das ameaças.

Após a conversa entre Abe e Trump, o governante japonês afirmou que ambos coincidiram que a coordenação entre EUA, Japão e Coreia do Sul é essencial, e que também deveriam ser incluídas na equação China e Rússia, além do restante da comunidade internacional.

A ameaça sobre Guam "elevou as tensões regionais como nunca antes", disse Abe em declarações veiculadas pela agência local de notícias "Kyodo".

A conversa entre os dois líderes acontece após um episódio de alta tensão entre EUA e Coreia do Norte, que na semana passada ameaçou disparar quatro mísseis em direção às proximidades de Guam, um território no Pacífico controlado por Washington que conta com importantes bases militares americanas e é o destino de aproximadamente 7 mil soldados.

A rota de voo até Guam indicava que os projéteis norte-coreanos teriam que sobrevoar o território japonês, o que levou Tóquio a elevar o alerta e instalar seus dispositivos antimísseis nas localidades sobre as quais passariam os foguetes.

A ameaça de bombardear Guam aconteceu depois que Trump prometeu que a Coreia do Norte se depararia com "fogo e fúria" se não reduzisse o tom na Península Coreana.

Os contínuos testes de mísseis do regime de Kim Jong-un neste ano - entre eles dois mísseis intercontinentais lançados em julho - aumentaram a tensão e levaram a um endurecimento da retórica dos EUA, com integrantes do governo Trump insinuando a possibilidade de realizar ataques preventivos contra a Coreia do Norte.

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