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Japão: afrouxamento monetário dos ricos traz riscos

A afirmação é do ministro das Finanças do japonês, Yoshihiko Noda

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - O ministro das Finanças do Japão disse, neste sábado, que o afrouxamento monetário das nações ricas está alimentando elevações dolorosas em moedas e preços de ativos nas economias emergentes. Uma situação, afirmou ele, que pode prejudicar o crescimento global. A política monetária frouxa mantida pelos bancos centrais de países ricos para estimular suas economias está "trazendo novos riscos" para a economia mundial, disse Yoshihiko Noda, em discurso no FMI. "Um fluxo maciço de fundos dos países desenvolvidos para os emergentes tem provocado apreciação das moedas locais e alta nos preços dos ativos nos mercados emergentes".

As observações de Noda mostram a preocupação crescente de que o dinheiro injetado nos mercados pelos BCs de nações ricas, embora esteja ajudando suas economias, semeie problemas para as nações mais pobres. "Não é sustentável que alguns países consigam crescer impondo custos para outros", continuou Noda. "Agora é critico que a comunidade internacional trabalhe junto para resolver estes problemas". Noda, no entanto, não apresentou soluções específicas. Apenas indicou a visão de que nem países ricos nem pobres podem arrumar a situação por conta própria.

Sobre o FMI, Noda pede que a organização aumente a supervisão para garantir que seus membros "adotem e mantenham políticas sólidas", que ajudarão a evitar crises. "Em particular, fortalecer a supervisão do setor financeiro é uma questão urgente". Também é "crítico estabelecer um mecanismo" que permita ao Fundo responder com maior rapidez do que os programas atuais, como a Linha de Crédito Flexível. As informações são da Dow Jones.

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