Japão acha vazamento em poço de reator; premiê vai à região
As autoridades da ONU em Nova York disseram anteriormente que até 20 empregados poderiam ter sido mortos no ataque
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2011 às 11h29.
O primeiro-ministro japonês fez neste sábado a sua primeira visita à região devastada pelo tsunami de 11 de março, enquanto autoridades que lutam para encerrar a pior crise nuclear mundial desde Chernobyl afirmaram que podem ter descoberto a causa de a radiação estar vazando para o mar.
A Tokyo Electric Power Co (Tepco) disse que descobriu uma fissura em um poço de concreto que estava vazando água do reator 2 em Fukushima, emitindo mil milisieverts de radiação por hora.
"Com níveis de radiação aumentando na água do mar próxima à usina, estávamos tentando confirmar a razão para isso e, nesse contexto, essa pode ser uma fonte", afirmou Hidehiko Nishiyama, vice-chefe da Agência de Segurança Industrial e Nuclear (Nisa, na sigla em inglês).
Entretanto, ele alertou: "Não podemos dizer com certeza até estudarmos os resultados". A Tepco começou a despejar concreto no poço para estancar o vazamento, afirmou.
O premiê japonês, Naoto Kan, conversou com refugiados que estão vivendo em um acampamento improvisado no vilarejo de pescadores de Rikuzentakata, arrasado pelo tsunami que chegou ao país depois que o Japão foi sacudido por um grande terremoto, deixando 28 mil mortos e desaparecidos.
"Será como uma longa batalha, mas o governo trabalhará duro junto com vocês até o fim. Eu quero que cada um faça o seu melhor, também", afirmou Kan a um sobrevivente que está abrigado em uma escola que virou refúgio no devastado nordeste japonês, segundo a agência de notícias Kyodo.
Mas alguns sobreviventes estão furiosos com o fato de Kan ter demorado três semanas para visitar o local, acusando o governo de pouco ajudar os refugiados a reconstruir suas vidas em meio aos escombros da devastação.
"O momento da visita dele foi tardio demais", afirmou Ryoko Otsubo. "Eu gostaria que ele tivesse visitado este lugar antes. Eu queria que ele tivesse visto as montanhas de escombros onde não havia estradas. Agora as estradas estão limpas."
Impopular e sob pressão para renunciar ou convocar eleições antes mesmo do desastre, Kan foi criticado pelo seu comando nas crises humanitária e nuclear do Japão, e sua liderança continua questionada.
Após três semanas, os operadores da usina continuam longe de retomar o controle dos reatores danificados, e as varetas de combustíveis permanecem superaquecidas e com altos níveis de radiação vazando para o oceano.
O Japão poderá gastar até 300 bilhões de dólares nos esforços de reconstrução, a maior quantia já utilizada após um desastre natural.
O primeiro-ministro japonês fez neste sábado a sua primeira visita à região devastada pelo tsunami de 11 de março, enquanto autoridades que lutam para encerrar a pior crise nuclear mundial desde Chernobyl afirmaram que podem ter descoberto a causa de a radiação estar vazando para o mar.
A Tokyo Electric Power Co (Tepco) disse que descobriu uma fissura em um poço de concreto que estava vazando água do reator 2 em Fukushima, emitindo mil milisieverts de radiação por hora.
"Com níveis de radiação aumentando na água do mar próxima à usina, estávamos tentando confirmar a razão para isso e, nesse contexto, essa pode ser uma fonte", afirmou Hidehiko Nishiyama, vice-chefe da Agência de Segurança Industrial e Nuclear (Nisa, na sigla em inglês).
Entretanto, ele alertou: "Não podemos dizer com certeza até estudarmos os resultados". A Tepco começou a despejar concreto no poço para estancar o vazamento, afirmou.
O premiê japonês, Naoto Kan, conversou com refugiados que estão vivendo em um acampamento improvisado no vilarejo de pescadores de Rikuzentakata, arrasado pelo tsunami que chegou ao país depois que o Japão foi sacudido por um grande terremoto, deixando 28 mil mortos e desaparecidos.
"Será como uma longa batalha, mas o governo trabalhará duro junto com vocês até o fim. Eu quero que cada um faça o seu melhor, também", afirmou Kan a um sobrevivente que está abrigado em uma escola que virou refúgio no devastado nordeste japonês, segundo a agência de notícias Kyodo.
Mas alguns sobreviventes estão furiosos com o fato de Kan ter demorado três semanas para visitar o local, acusando o governo de pouco ajudar os refugiados a reconstruir suas vidas em meio aos escombros da devastação.
"O momento da visita dele foi tardio demais", afirmou Ryoko Otsubo. "Eu gostaria que ele tivesse visitado este lugar antes. Eu queria que ele tivesse visto as montanhas de escombros onde não havia estradas. Agora as estradas estão limpas."
Impopular e sob pressão para renunciar ou convocar eleições antes mesmo do desastre, Kan foi criticado pelo seu comando nas crises humanitária e nuclear do Japão, e sua liderança continua questionada.
Após três semanas, os operadores da usina continuam longe de retomar o controle dos reatores danificados, e as varetas de combustíveis permanecem superaquecidas e com altos níveis de radiação vazando para o oceano.
O Japão poderá gastar até 300 bilhões de dólares nos esforços de reconstrução, a maior quantia já utilizada após um desastre natural.