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Iván Duque e Gustavo Petro levam prévias das eleições na Colômbia

Os candidatos de direita e de esquerda, respectivamente, representarão suas coalizões na eleição presidencial de maio

Ivan Duque, candidato de direita para as eleições na Colômbia (Carlos Julio Martinez/Reuters)
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Reuters

Publicado em 12 de março de 2018 às 10h10.

Última atualização em 12 de março de 2018 às 10h10.

Bogotá - O candidato de direita Iván Duque e seu rival de esquerda Gustavo Petro representarão suas respectivas coalizões na eleição presidencial de maio na Colômbia , já que venceram primárias realizadas no domingo.

Duque, protegido do ex-presidente Álvaro Uribe e porta-estandarte do partido Centro Democrático, derrotou os outros postulantes, Marta Lucia Ramírez e Alejandro Ordóñez, e ficou com a indicação de sua coalizão.

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Ele tinha mais de 3,9 milhões de votos com 96 por cento do total das urnas apuradas.

Petro, de 57 anos e figura destacada da esquerda, é ex-membro do antigo grupo guerrilheiro M-19 e ex-prefeito de Bogotá. Derrotou Carlos Caicedo e foi nomeado por sua coalizão somando 2,7 milhões de votos com 96 por cento do total das urnas apuradas.

Isso representou cerca de 30 por cento a menos de votos do que Duque, mas os dois têm aparecido próximos em pesquisas para a eleição presidencial.

Muitos colombianos terão votado estrategicamente nas primárias, esperando influenciar a seleção dos candidatos para a votação de 27 de maio.

Duque e Petro são dois de vários candidatos que disputam a Presidência, entre eles um ex-prefeito de Medellín, Sergio Fajardo, e o ex-vice-presidente German Vargas Lleras.

Duque, de 41 anos, é um advogado e senador que trabalhou no Banco Interamericano de Desenvolvimento e na Organização das Nações Unidas (ONU). Ele tem aparecido de forma constante nas pesquisas de opinião, e surgiu dentro da margem de erro atrás de Petro na sondagem presidencial mais recente.

Os apoiadores do partido de Petro, Colômbia Humana, enfatizam seu trabalho para melhorar a vida dos pobres. Ele prometeu criar uma "economia social" que desviará o foco do petróleo para a agricultura.

Alguns eleitores se reuniram diante dos locais de votação para protestar contra a escassez de cédulas para as primárias, mas o diretor do Registro Nacional, que organiza as votações do país andino, rejeitou a sugestão de fechar os locais de votação mais tarde.

Nas eleições legislativas, nenhum partido obteve maioria em nenhuma das Casas parlamentares.

O Centro Democrático de Duque estava liderando o número de votos no Senado com mais de 2,2 milhões dos 15,6 milhões de votos com 88 por cento da contagem realizada. O partido Mudança Radical aparecia em segundo e o Partido Liberal em terceiro.

Na câmara baixa, com 86 por cento dos votos apurados, o Partido Liberal estava na frente com mais de 2,1 milhões dos 15,3 milhões de votos, e o Centro Democrático vinha em um segundo lugar próximo com mais de 2 milhões de votos.

Essas eleições marcam a estreia da ex-guerrilha das Farc como partido político. O grupo, que preservou sua sigla, mas mudou de nome para Força Alternativa Revolucionária do Comum, desmobilizou sua guerrilha sob um acordo de paz de 2016.

A Farc tem garantidos cinco cadeiras nas duas Casas legislativas --o Senado, de 108 assentos, e a câmara baixa, de 172. O partido apresentou 74 candidatos na disputa legislativa, mas ficou com apenas 0,22 por cento dos votos na câmara baixa e 0,35 por cento no Senado.

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